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Rio Grande do Sul teme aumento de doenças pós enchentes depois de duas mortes confirmadas por leptospirose

Governo do estado estima cerca de mil casos da doença durante o desastre, sendo 15% desses evoluindo gravemente

Por Da Redação
Ás

Rio Grande do Sul teme aumento de doenças pós enchentes depois de duas mortes confirmadas por leptospirose

Foto: Cristine Rochol/PMPA

O Rio Grande do Sul prevê que o número de casos de leptospirose, em decorrência das enchentes, possa chegar a mil até o fim da situação de calamidade. Já são duas mortes e 19 casos confirmados. O estado, que está em nível crítico há três semanas, teme risco de escalada de doenças infecciosas e contagiosas.

Autoridades também tem monitorado quadros de tétano, hepatite A, ataques peçonhentos, diarreia, sarna, piolho e síndromes respiratórias como gripe e Covid-19. O cenário deve piorar com a redução do nível das águas.

A leptospirose, maior preocupação de autoridades gaúchas no momento, é transmitida pelo contato direto ou indireto com a urina de animais com a bactéria Leptospira, muito presente entre ratos. 

As duas primeiras mortes, que ligaram o alerta do estado, foram registradas na última sexta-feira pelas secretarias de Saúde dos municípios de Travesseiro e Venâncio Aires, e o amplo contato com a lama e a água aumenta a exposição da população à doença.

"Nossa estimativa com base na experiência do ano passado (durante as enchentes de setembro) nos municípios afetados é de 1 mil casos confirmados de leptospirose durante a calamidade. O número deve ser maior porque nem todos chegam ao sistema de saúde", afirma Tani Ranieri, diretora do Centro Estadual de Vigilância em Saúde do estado que aponta ainda para 15% dos casos com demanda de internação.

Esse foi o caso de Eldo Gross, de 67 anos, a primeira vítima da doença. Ele deu entrada em hospital de Marques de Souza na terça-feira de semana passada, de onde foi transferido para uma unidade com internação. A morte foi confirmada sexta.

Para evitar novas contaminações e mortes, Tani explica que a recomendação é que a população use botas de cano alto, calças, use luvas ou outras formas de proteção ao fazer limpeza e não levar as mãos à boca e aos olhos.

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