Rivais políticos marcaram presença em celebração do 1º de Maio pela internet
FHC, Lula e Haddad confirmaram participação no evento
Foto: Reprodução/Internet
Nove centrais sindicais vão fazer hoje (1º) uma celebração online do Dia do Trabalho. Pela primeira vez, a data não será comemorada com shows e discursos para milhares de pessoas nas ruas. A comemoração do Dia do Trabalho também deve ficar marcada pela presença de antigos adversários políticos no mesmo palanque virtual. Embora algumas delas devam fazer discursos fortes contra o presidente Jair Bolsonaro, essa não deve ser uma bandeira única do evento.
Confirmaram presença os ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT), os presidentes do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), e da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), os ex-ministros Ciro Gomes (PDT), Marina Silva (Rede) e Fernando Haddad (PT), além dos governadores Flavio Dino (PC do B), do Maranhão, e Eduardo Leite (PSDB), do Rio Grande do Sul. Também devem participar entidades da sociedade civil, líderes sindicais e artistas
“É um 1º de maio para questionar as políticas de emprego, saúde e salário mas também para colocar a questão da defesa da democracia. Não podemos deixar o Bolsonaro tratar o País como o quintal da casa dele, onde os filhos andam de patinete e fazem o que bem entendem. E sabemos que o movimento sindical sozinho não vai fazer essa mudança. Por isso decidimos ampliar”, disse o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. Será a primeira vez que Lula e FHC dividem um palanque, mesmo que virtual, desde o segundo turno da eleição de 1989, quando o tucano apoiou o petista contra Fernando Collor de Mello.
Setores da CUT (Central Única dos Trabalhadores), ligada ao PT, questionaram a direção da central sobre a participação em um mesmo ato com Rodrigo Maia e Alcolumbre, segundo eles “inimigos dos trabalhadores”. Representantes do PSOL, entre eles o ex-presidenciável Guilherme Boulos, decidiram não participar do ato devido à presença da dupla do DEM.Representantes de organizações da sociedade civil como a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) e a ABI (Associação Brasileira de Imprensa) foram convidados e devem participar.