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Robson deve voltar ao Brasil em até cinco meses após Rússia não recorrer de sentença

A previsão é que todo o processo para que Robson retorne dure de três a cinco meses

Por Da Redação
Ás

Robson deve voltar ao Brasil em até cinco meses após Rússia não recorrer de sentença

Foto: Reprodução

O ex-motorista do meia Fernando, Robson Oliveira, preso desde fevereiro de 2019 na Rússia, deve retornar ao Brasil até o meio do ano. O Ministério Público russo decidiu não recorrer da sentença de três anos aplicada pela Justiça local ao brasileiro, em dezembro do ano passado. 

Com a manutenção da pena mínima, e mais da metade já cumprida, existe um caminho para que os advogados de Robson possam solicitar uma transferência para o Brasil.

A previsão é que todo o processo para que Robson retorne dure de três a cinco meses, cabendo ao governo russo autorizar a saída do ex-motorista do país. O processo será tratado entre a diplomacia russa e o Itamaraty. Se a transferência tiver sucesso, Robson poderá cumprir o restante da pena em presídio brasileiro.

Robson foi considerado culpado durante um julgamento realizado em 2020, por contrabando e tentativa de tráfico de drogas por ter levado para a Rússia duas caixas do remédio Mytedom 10mg, compradas pela família do meia Fernando, ex-seleção brasileira e atualmente no Beijing Guoan. Na época, o jogador atuava no Spartak Moscou. Robson foi condenado a três anos de prisão.

De acordo com todos os depoimentos à imprensa, inclusive da família do atleta, os medicamentos foram levados para o país em uma mala que foi entregue fechada a Robson por um funcionário da família, no embarque no Rio de Janeiro. O motorista não sabia que havia na bagagem este medicamento.

A sentença foi considerada surpreendente até pela defesa do motorista. No pior cenário, considerando as penas máximas para os crimes, o brasileiro poderia ser condenado a até 25 anos de prisão. Desta forma, a expectativa era de que o Ministério Público recorresse contra a pena, uma vez que a promotoria solicitou 12 anos de detenção para o brasileiro.

verdadeiro dono dos remédios, William Pereira de Faria, é sogro do jogador. William mora no Brasil e nunca prestou depoimento às autoridades. Seu advogado afirma que o depoimento não foi pedido enquanto ele estava na Rússia e que a justiça do país não aceita interrogatório à distância.

Robson Oliveira não sabia da proibição do remédio no país e acabou preso, em março do ano passado. 

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