Política

Rodrigo Maia diz que Conselho de Ética volta a funcionar até o início de julho

Maia negou que as falas recentes do deputado Eduardo Bolsonaro foram a motivação para a retomada

Por Juliana Dias
Ás

Rodrigo Maia diz que Conselho de Ética volta a funcionar até o início de julho

Foto: Câmara dos Deputados

Atendendo a pedidos de parlamentares que querem dar andamento a representações no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, disse nesta terça (2) que o retorno das atividades do colegiado será feito nas próximas semanas, com início, no máximo, em julho. 

Maia negou que as falas recentes do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-RJ), filho de Jair Bolsonaro, foram a motivação para a retomada, já que, segundo ele, há diversas pendências, e não um "caso específico". Na semana passada, Eduardo afirmou que "não é uma questão de se, mas de quando acontecerá uma ruptura institucional", o que aumentou a pressão até para análise de uma representação em andamento sobre outra fala dele (no final do ano passado), de que poderia ocorrer um novo AI-5 se houvesse radicalização da esquerda no país. Rodrigo Maia explicou que a previsão é que as reuniões do Conselho sejam realizadas remotamente e em dias diferentes do funcionamento do Plenário. 

Em relação ao chamado Projeto das Fake News (PL 2630/20), Maia disse que um texto conjunto está em construção entre as duas Casas do Congresso Nacional, mas que, no entendimento dele, "o melhor ambiente e melhor momento para se votar a matéria é agora". De toda forma, ele ponderou que é preciso ter cuidado para não entrar na liberdade de imprensa e de expressão dos brasileiros.

Questionado sobre uma suposta tentativa de interferência do Palácio do Planalto na escolha dos próximos presidentes do Congresso, Rodrigo Maia, ressaltou que este não é o momento para se falar sobre o assunto: "Me deixa abismado e perplexo que alguém no meio de uma pandemia possa estar preocupado com eleição de presidente da Câmara e do Senado", avaliou.
Em relação ao calendário eleitoral deste ano, Maia informou que ainda está em construção um entendimento sobre um possível adiamento das votações para prefeitos e vereadores e que os detalhes serão acordados entre as lideranças do Congresso com o Tribunal Superior Eleitoral. Se houver mudança na data do pleito, terá que ser aprovada uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC).

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