Rodrigo Maia diz que Toffoli atuou contra quem queria 'calar os poderes da República'
Ministro deixa a presidência da Corte na próxima quinta-feira (10)
Foto: Agência Brasil
Em sessão de homenagem ao presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse nesta quarta-feira (9), que a gestão do ministro à frente Corte foi marcada pela atuação contra aqueles que queriam "calar" os poderes da República. Toffoli deixa a presidência da Corte na próxima quinta-feira (10), e será substituído pelo ministro Luiz Fux.
"A principal marca de sua gestão, o compromisso com o estado democrático de direito, a coragem e altivez para defender as instituições daqueles que, abusando de seus direitos procuram, não criticar, mas constranger, ameaçar e, por fim, calar os poderes da República", disse Maia.
Já o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), que também esteve presente na sessão de homenagem na Câmara, elogiou a ação do ministro no inquérito das fake news, aberto em 2019 para investigar ameaças ao STF e a disseminação e produção organizadas de informações falsas. "Reconhecer e destacar sua defesa pela verdade, com a instauração do inquérito, buscando coibir a disseminação criminosa de material cujo único objetivo é arruinar as instituições, diminuir a democracia, arruinar as pessoas e promover o ódio no nosso país. Isso todos nós combatemos veementemente”, Alcolumbre disse .
Toffoli agradeceu os presidentes e disse, durante o discurso, que é preciso não temer o diálogo. “Devemos temer a ausência do diálogo. A quem interessa que os poderes estejam brigando, estejam divergindo e que não possam se sentar à mesa para dialogar?”, questionou.
Ainda durante o discurso, o presidente da Corte defendeu o papel do STF na moderação de conflito, especialmente durante a pandemia da Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus. “Defendemos a democracia e suas salvaguardas, repudiamos o ódio e a intolerância política, pugnando sempre pelo debate construtivo e transformador. Com altivez e independência, estabelecemos um diálogo franco e propositivo com os poderes da República, com as instituições essenciais à Justiça. Ministério Público, advocacia privada, pública e defensoria. Com as demais instituições e a sociedade”, concluiu.