Roma diz que 'neutralidade' de ACM Neto impõe barreira a eleitores de Bolsonaro
Segundo ele, o candidato ao governo da Bahia também impede voto de eleitores dele e de Dra. Raíssa
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O deputado federal e ex-candidato ao governo da Bahia, João Roma (PL), disse que a falta de manifestação de apoio de ACM Neto (UB) ao presidente Jair Bolsonaro (PL) pode ser uma barreira para que os eleitores que votaram pela reeleição do presidente, por ele no governo baiano e por Dra. Raíssa Soares (PL), no Senado, o escolham para ser o próximo governador do estado.
"É muito pouco provável que um eleitor de Lula vá votar no ex-prefeito ACM Neto porque o 13 vai ter o candidato 13 na Bahia. Não manifestar, portanto, esse posicionamento enfraquece a chegada desses eleitores de Bolsonaro", avaliou Roma, na manhã desta quarta-feira (5), em entrevista à Rádio A Tarde FM, de Salvador.
O ex-ministro da Cidadania disse que essa postura do eleitorado independe da posição dele e de Raissa Soares. "O eleitor de Bolsonaro está vendo a importância dessa eleição para o futuro do Brasil. Ele almeja votar em um candidato que esteja vinculado ao presidente", explicou Roma.
O ex-candidato do PL ao governo da Bahia comentou ainda que a neutralidade de ACM Neto no segundo turno "não gera entusiasmo em mim nem em nenhum eleitor do presidente Bolsonaro. As manifestações nas redes sociais, mesmo durante a nossa live [realizada na noite de terça-feira], demonstravam que muitos ficam desestimulados em apoiar o ex-prefeito que, mais uma vez, quer as benesses de uma fatia do eleitorado, mas não consegue se comunicar adequadamente com essa fatia".
O deputado federal ainda ressaltou que questões pessoais não determinam as decisões políticas dele. "Nosso papel como líder político e homem público é não deixar diminuir as discussões sobre o futuro da Bahia e do Brasil a questões pessoais. O que temos que tratar com clareza é a nossa responsabilidade perante o futuro da população", enfatizou.
"A minha posição não significa a superação de qualquer assunto. A minha posição não significa aproximação pessoal, significa posicionamento político, o que eu acredito para o futuro da Bahia e o futuro do Brasil", declarou Roma.