Michel Telles

Rouquidão e voz soprosa são sequelas que podem surgir em pacientes pós-covid

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Por Michel Telles
Ás

Rouquidão e voz soprosa são sequelas que podem surgir em pacientes pós-covid

Foto: Arquivo

Mais de 430 mil brasileiros já morreram em decorrência do Novo Coronavírus, em mais de um ano de pandemia. Quem sobrevive à doença, mesmo após o período de infecção, vem relatando sequelas diversas, a exemplo de rouquidão acentuada, cansaço ao falar, pigarro e voz soprosa. Para o presidente da Associação Baiana de Otorrinolaringologia, Marcos Juncal, essas características são comuns principalmente em pacientes que passaram por intubação orotraqueal por tempo prolongado.

“A fraqueza nesses pacientes é corriqueira após vencer a luta contra a Covid-19. E isso reflete em voz rouca ou soprosa e fluxo respiratório insuficiente. Ou seja, existe pouco fluxo de ar para fazer vibrar as pregas vocais e, consequentemente, falar de forma mais firme”, explica o otorrinolaringologista, ressaltando que esses sintomas, mesmo não frequentes, podem acontecer também em quem desenvolveu a doença de forma branda. O médico ainda conta que a tosse persistente é outra característica relatada nos consultórios.

Para quem apresentar esses sintomas por mais de quinze dias após a recuperação da Covid-19, Marcos Juncal faz um alerta. “Busque um otorrinolaringologista. Este profissional indicará o tratamento individualizado mais eficaz, com exercícios vocais, para cada grau de lesão.

Zumbido

Zumbido e perda auditiva também podem ser sequelas da Covid-19? A resposta é sim, só que indiretamente. As causas para esses problemas podem ser diversas, como alterações metabólicas e circulatórias, abuso de cafeína, cerume nos ouvidos etc. Ansiedade e alterações no sono também podem desencadear os dois sintomas e é aí que entra a pandemia.

Para Marcos Juncal, “as mudanças de hábitos e restrições impostas pela pandemia levaram ao aumento de muitos fatores que se relacionam ao zumbido, com a ansiedade, o estresse e as noites mal dormidas. Em suma, um círculo vicioso que reforça o zumbido e a possível perda auditiva”, conclui.

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