Rui atribui morte de PM a política de acesso às armas: "Foi vítima desta violência"
O PM Leandro Cursino foi baleado durante perseguição a um criminoso
Foto: Reprodução
O governador da Bahia, Rui Costa (PT), lamentou nesta terça (20), a morte do policial militar Leandro Cursino, baleado durante uma perseguição a um suspeito de assalto em Salvador. Em coletiva, Rui atribuiu a morte do PM aos índices de violência por armas de fogo e a política de acesso às armas no país.
"Infelizmente, as condições sociais e econômicas de nosso país agravaram a questão da violência, e esse agravamento expõe nossos policiais, não só da Bahia, mas do Brasil inteiro. Eu quero prestar minha solidariedade aos familiares do soldado Cursino, que infelizmente foi vítima desta violência. É por isso que o meu posicionamento é muito claro, transparente, contra essa política de armar a população e facilitar acesso as armas", disse o governador.
A fala de Rui se refere aos decretos federais que flexibilizam o acesso às armas de fogo e ao porte de arma. Os decretos foram assinados pelo presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido) e publicados no Diário Oficial da União na última sexta (12).
"Não é possível que cidadão tenha direito de portar até oito armas. Que eventualmente um caçador, etecetera, chegue a ter 60 armas. Isso é um arsenal. Então, na medida em que se perde controle disso, e essas armas são furtadas, emprestadas, desviadas, elas vão cair nas mãos de pessoas criminosas, ou na mão de pessoas que não têm temperamento e nem tranquilidade psicológica para portar uma arma", completou o governador.