Rui Costa veta participação do MST em evento de lançamento do PPA Participativo, afirma deputado
Segundo Valmir Assunção, o MST merece respeito e, por esse motivo, não participará da atividade
Foto: Reprodução / Redes sociais
O ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), vetou a participação do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) no evento de lançamento do Plano Plurianual (PPA) Participativo nesta quinta-feira (11), em Salvador. A afirmação foi feita pela deputado federal Valmir Assunção através de publicação no Twitter.
De acordo com Assunção, o MST "merece respeito" e, por esse motivo, ele não participará do encontro, que vai contar com a participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
URGENTE: o ministro da Casa Civil, Rui Costa, vetou a participação do MST na atividade de lançamento do PPA Participativo Nacional, que ocorre hoje em Salvador. Por conta disso, o deputado Valmir Assunção não participará do evento. O MST tem história de luta e merece respeito.
— Valmir Assunção (@DepValmir) May 11, 2023
O PPA é uma das três leis orçamentárias do Brasil, ao lado da Lei de Diretrizes Orçamentárias e da LOA Lei Orçamentária Anual. É elaborada de quatro em quatro anos, sempre no primeiro ano e com vigência a partir do segundo ano de mandato. O PPA deste ano deve ser entregue pelo governo federal ao Congresso Nacional até o dia 31 agosto deste ano.
O veto de Rui Costa ocorre no mesmo dia em que o dirigente do MST, João Pedro Stedile, em entrevista publicada pela Mônica Bergamo, no jornal Folha de S.Paulo, afirma que o governo Lula "está meio medroso" desde os atos criminosos de 8 de janeiro, quando manifestantes invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes.
Segundo João Pedro, o MST pretende aumentar a pressão, não necessariamente com mais ocupação de terra, mas com outras medidas que resultem em chamar atenção para os problemas e necessidades do movimento.
"A natureza do governo não influencia tanto na luta de classes, a não ser quando é um governo fascista como o de [Jair] Bolsonaro. O que determina a luta é se os problemas sociais estão ou não sendo resolvidos. Nós vamos pressionar, mas também vamos defender o gover Lula porque precisamos defende-lo de seus verdadeiros inimigos, que não os inimigos da classe trabalhadora", afirmou.