Sala de Cinema Walter da Silveira exibe o premiado filme "Rio Doce" em Salvador
Longa é do diretor Fellipe Fernandes
Foto: Divulgação
A Sala de Cinema Walter da Silveira, administrada pela Diretoria Audiovisual da Fundação Cultural do Estado da Bahia, receberá a exibição do longa-metragem "Rio Doce", dirigido pelo premiado diretor Fellipe Fernandes. As sessões ocorrerão no dia 2 de junho, sexta-feira, com horários marcados para às 16h e às 18h30. O cinema está localizado nos Barris, em Salvador.
"Rio Doce" foi o vencedor do Prêmio Olhar de Cinema: Festival Internacional de Curitiba e também conquistou o prêmio de melhor longa brasileiro nas Mostras Competitivas: Outros Olhares e Novos Olhares.
A produção é da Ponte Produtoras e conta com a distribuição da Vitrine Filmes, através do projeto Sessão Vitrine, contemplado pelo PROAC 34/2022, programa de fomento do Governo do Estado de São Paulo e Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo.
Para o diretor, a estreia no longa-metragem foi um desafio, mas sua experiência como assistente de diretor em filmes como "Sol Alegria" e "Aquarius" e como diretor de segunda unidade em "Bacurau" o auxiliaram nessa empreitada.
"Ainda que o trabalho de assistente de direção exija habilidades e conhecimentos específicos, diferentes dos de um diretor, a possibilidade de acompanhar de perto o processo criativo desses realizadores me ajudou a entender as possibilidades de caminhos a serem percorridos. Então, tudo que eu faço carrega um pouco deles e de todas as outras pessoas que cruzaram meu caminho ao longo desses anos e com as quais eu pude trocar e aprender", explica Fernandes.
Sinopse do filme "Rio Doce":
O personagem principal é Tiago, interpretado pelo rapper Okado do Canal, que reside em Rio Doce, periferia de Olinda, e leva uma vida difícil. Como pai de uma menina pequena, ele descobre a identidade de seu próprio pai, que esteve ausente durante toda sua vida, quando é procurado por uma de suas meias-irmãs, que também revela que o homem faleceu. A partir dessa descoberta, a vida desse jovem é transformada, e ele passa a questionar sua própria identidade.
Fernandes também é responsável pelo roteiro e explica que em "Rio Doce" acompanhamos a jornada emocional de um homem negro periférico em crise com o modelo de masculinidade que reproduz, sufocado pela solidão, dificuldade de comunicação, pressão social e falta de compreensão de seus próprios sentimentos. Tudo isso acontece em meio à sua relação com três gerações de mulheres e diante de um conflito de classes.