Salários congelados há 5 anos de servidores federais acumulam 33% de defasagem
Ministério da Economia justifica manutenção do valor por custo bilionário para fazer aumento

Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil
Apesar da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2023 conter reserva de R$ 11,7 bilhões para recomposição na remuneração dos servidores, o dinheiro é insuficiente e a equipe econômica procura uma forma para garantir reajuste salarial ao funcionalismo público no próximo ano. Segundo o Ministério da Economia, o valor poderia variar entre R$ 20 bilhões e 25 bilhões para um aumento linear a todas as categorias.
Os servidores reivindicam 19,99% para cerca de 1,2 milhão de servidores federais da ativa e inativos. A categoria alega que sofreu uma defasagem que chega a 33%.
Os salários estão congelados há cinco anos. Entidades sindicais fazem atos em Brasília para pressionar o governo.
Caso o reajuste para servidores do Executivo seja de 5%, o impacto anual será de R$ 12,6 bilhões. Assim, faltariam R$ 900 milhões para cobrir o aumento de gastos.
Se outros poderes aplicarem a mesma recomposição de 5% a seus servidores, como normalmente é feito, seria necessário engordar a conta com mais R$ 1,5 bilhão.
O governo tem até o dia 31 de agosto para encaminhar a proposta de Lei Orçamentária Anual ao Congresso Nacional.
O Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos (Fonasefe) afirma que a Emenda Constitucional (EC) 95/16, do teto de gastos, não pode ser utilizada como desculpa para não atender o funcionalismo.