Salvador: MPT investiga denúncia de tortura contra dois funcionários; um deles teve a mão queimada
O crime foi motivado por um suposto furto de R$ 30
Foto: Annabel P/Pixabay
O Ministério Público do Trabalho na Bahia (MPT-BA) abriu um inquérito para investigar uma denúncia de tortura que dois funcionários teriam sofrido dos seus patrões, em Salvador. O motivo do crime teria sido um suposto furto de R$ 30. Uma das vítimas teve a mão queimada e marcada com o número 171, em referência ao crime de estelionato.
As torturas teriam acontecido no dia 19 de agosto, mas só foram denunciadas no último dia 26. Nesta segunda-feira (29), o advogado das vítimas esteve na delegacia que investiga o caso, para cobrar rapidez no inquérito. O MPT informou que vai solicitar informações para Polícia Civil, e que as vítimas e os empresários serão convocados para prestar depoimento.
Um dos funcionários torturado, identificado por Willian de Jesus, de 21 anos, contou que chegou para trabalhar quando foi prego numa "emboscada" pelos patrões, que queriam que ele confessasse o "roubo". O jovem, no entanto, garante não ter praticado o furto. A outra vítima, Marcos Eduardo, diz ter sofrido ameaças de morte e afirma estar traumatizado.
As duas vítimas e um dos agressores, identificado como Alexandre Carvalho Santos, prestaram depoimento em delegacia. Um segundo homem, que filmou a tortura, também deve ser ouvido pela polícia.