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Salvador

Salvador vive onda de violência em Setembro e mais de 600 alunos estão sem aula em Valéria

Polícia segue realizando incursões em Salvador com utilização dos blindados

Por Da Redação
Ás

Salvador vive onda de violência em Setembro e mais de 600 alunos estão sem aula em Valéria

Foto: Cândido Vinícius / Ascom-PC

O mês de setembro foi marcado por grandes desafios para a cidade de Salvador, especialmente em relação a violência. Este foi o período em que o anuário do Fórum Brasileiro de Segurança Pública apontou quatro municípios baianos como os mais violentos, sendo Jequié, Santo Antônio de Jesus, Simões Filho e Camaçari. A capital não ficou atrás, registrando 66 homicídios por 100 mil habitantes.

A cidade enfrentou uma onda alarmante de tiroteios, com uma média de 4,5 tiroteios por dia impactando diretamente na vida de 21.968 estudantes da rede municipal de ensino, e causando a suspensão das aulas em 70 escolas de janeiro até setembro deste ano, de acordo com a Secretaria Municipal da Educação (Smed).

Na última sexta-feira (29) a Policia Federal coordenou a Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (FICCO) no bairro de Valéria, em conjunto com as policias Civil e Militar. Mais de 100 policiais participaram das incursões e um suspeito foi preso com drogas, armas, carregadores, munições e balança de precisão. Um outro suspeito morreu durante confronto com os agentes. Como resultado, 655 da rede municipal de ensino estão sem aula no bairro, de acordo com a nota emitida pela Secretaria Municipal da Educação (SMED). A Secretaria de Mobilidade (SEMOB) informou ainda que suspendeu a entrada dos ônibus em Valéria, que realizam seus percursos até a região Penacho. Os blindados que chegaram a Salvador na ultima sexta-feira (22) foram utilizados durante as operações.

Ainda nesta semana, uma operação policial também foi deflagrada no bairro do Nordeste de Amaralina, deixando mais de mil alunos sem aula no bairro. O policiamento foi intensificado na região e os ônibus que iriam até o final de linha do Vale das Pedrinhas foram realocados para a Rua do Canal no Rio Vermelho, causando diversos transtornos aos moradores da localidade.

Nesta semana a Policia Militar emitiu um relatório apontando que  das operações policiais deflagradas neste ano, 20 delas resultaram em ações criminosas com reféns. A prática se tornou ‘’comum’’ entre os criminosos, na tentativa de fugir da polícia e conseguir a atenção da imprensa. Até setembro deste ano foram 53 reféns liberados, 54 criminosos presos, 31 armas e 2 granadas apreendidas.

A prática se popularizou no mundo do crime em 2018, quando um grupo de 4 homens fizeram 16 servidores de saúde e pacientes de reféns no posto de saúde do bairro da Santa Cruz. A ação durou aproximadamente 3 horas e foi amplamente divulgada nos jornais locais. De lá pra cá, os suspeitos começaram a fazer transmissões ao vivo nas redes sociais no momento do ‘sequestro’. A mais transmissão mais recente foi feita no último domingo (24), enquanto uma mulher e 4 filhos foram mantidos reféns durante 8 horas no bairro de Dom Avelar. A live chegou a atingir mais de 10 mil telespectadores acompanhando tudo em tempo real. Após negociação, 6 suspeitos foram presos apenas no início da manhã segunda-feira (25), sem ferimentos. Entre eles, um era menor de idade.

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