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Samarco destina R$ 125 milhões para restauração de igrejas e capelas atingidas pelo rompimento da barragem em Mariana

Recursos serão geridos pela Arquidiocese de Mariana, que assume a execução das obras sob fiscalização do MPF e do MPMG.

Por Da Redação
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Samarco destina R$ 125 milhões para restauração de igrejas e capelas atingidas pelo rompimento da barragem em Mariana

Foto: Divulgação

O rompimento da barragem de Fundão, em Mariana (MG), ocorrido em novembro de 2015, ganhou um novo capítulo nesta terça-feira (10). Um acordo firmado entre a Arquidiocese de Mariana, as mineradoras Samarco, Vale e BHP, e acompanhado pelo Ministério Público Federal (MPF) e pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), prevê o repasse de R$ 125 milhões para restaurar capelas e igrejas históricas destruídas ou danificadas pelo maior desastre socioambiental do país.

O termo transfere a responsabilidade da execução das obras e da administração dos recursos da Fundação Renova para a própria Arquidiocese, que deverá gerir diretamente a aplicação do dinheiro e apresentar relatórios periódicos às instituições de Justiça. Serão restaurados 13 imóveis de valor histórico e religioso atingidos em localidades como Bento Rodrigues, Paracatu de Baixo, Gesteira e Barra Longa. Entre os bens a serem recuperados estão a Capela de Nossa Senhora das Mercês e a Capela São Bento, em Bento Rodrigues, a Capela de Santo Antônio, em Paracatu de Baixo, e a Capela de Nossa Senhora da Conceição, em Gesteira.

Segundo o MPF, a medida busca garantir reparação integral dos danos materiais e morais sofridos e, ao mesmo tempo, encerrar as disputas judiciais movidas pela Arquidiocese no Brasil e no exterior. “A restauração das igrejas e demais bens de valor histórico e cultural danificados pelo rompimento da barragem de Fundão será um capítulo relevante no longo processo de reparação integral”, afirmou o procurador da República Eduardo Henrique de Almeida Aguiar, responsável pela fiscalização do acordo.

Além da restauração arquitetônica, o termo prevê a requalificação dos entornos das capelas, a reutilização de elementos originais preservados e a gestão da Reserva Técnica do Museu de Arte Sacra de Mariana, que guarda bens resgatados nas áreas afetadas. O acordo estabelece que a Arquidiocese apresente planos detalhados em até 120 dias, com cronogramas e metodologias, e inicie as obras emergenciais em até seis meses.

A fiscalização será contínua, com relatórios semestrais enviados ao MPF e ao MPMG. O objetivo é assegurar que os recursos sejam aplicados corretamente e que as obras sejam concluídas, resgatando parte fundamental da memória histórica e religiosa da região devastada pela tragédia.

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