Saúde interdita lotes da CoronaVac para apuração da Anvisa

O Ministério da Saúde interditou, nesta segunda-feira (06), 25 lotes do imunizante CoronaVac que foram suspensos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para que passem por apuração. Remessas foram supostamente envasadas em um local sem inspeção e autorização da agência. 

Além disso, também está sendo feito o rastreamento de doses dos lotes que possam ter sido aplicadas. Os pacientes que tiverem recebido os imunizantes ficarão em acompanhamento por equipes do Sistema Único de Saúde (SUS) até o final da apuração da Anvisa, para avaliar possíveis eventos adversos.

As remessas somam 12,1 milhões de doses, que foram enviadas da farmacêutica Sinovac, da China. No entanto, a Anvisa afirma que as vacinas foram envasadas em uma fábrica que não passou por inspeção e não tinha autorização da agência para a ação. 

Após reunião com representantes da Anvisa, o Instituto Butantan publicou uma nota afirmando que a suspensão não deve “causar alarmismo” e que houve uma “mudança em uma das etapas do processo de formulação da vacina, nas instalações fabris da Sinovac, que pode ocorrer no processo de produção”. O centro de pesquisa também informa que foram eles que avisaram a agência sobre a situação. 

"Vale reiterar que a fábrica chinesa tem certificação de que segue boas práticas internacionais, a GMP, e também foi feita a inclusão na Anvisa. O Butantan informa que enviou toda a documentação de qualidade vinda da China, da Sinovac, sobre os lotes citados”, diz a nota. 

Os representantes das instituições discordam sobre o processo de inspeção a ser realizado. O Butantan recomendam que seja realizada uma inspeção remota pela equipe técnica da Anvisa. No entanto, a agência não acha a maneira eficaz. Assim, o órgão informou que haverá uma inspeção presencial, considerando que é preciso haver esse tipo de exame por técnicos ou um laudo de autoridade sanitária reconhecida pela instituição.