Saúde quer vacina nacional contra a dengue no SUS em 2025
Estudos iniciaram no Instituto Butantan em 2009 e deve ser concluído em 2024
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O Sistema Único de Saúde (SUS) tem o aval da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para a primeira vacina contra dengue para uso amplo na população, mas o imunizante deve demorar até um ano. De acordo com membros do Ministério da Saúde, a vacina produzida ainda precisa passar por análises internas antes de ser incorporado à rede pública.
Batizado de Qdenga, a vacina produzida pelo laboratório japonês Takeda, teve uma eficácia geral de 80,2% contra a dengue causada por qualquer sorotipo e pode ser aplicado em crianças acima de quatro anos, adolescentes e adultos até 60 anos de idade. Na rede privada ele deve ser vendido por valores entre R$ 400 e R$ 500.
No entanto, a prioridade da pasta é para um produto nacional, desenvolvido pelo Instituto Butantan, que ainda não teve a pesquisa concluída. A vacina está em desenvolvimento desde 2009 e a previsão é que o estudo seja enviado para análise da Anvisa somente em meados de dezembro de 2024. Ou seja, na prática, a aprovação deve ser feita em 2025, dois anos depois.
De acordo com o último informe semanal do Centro de Operações de Emergências de Arboviroses (COE Arboviroses), o Brasil registrou 1,38 milhão de casos prováveis de dengue até o início de junho. Do total, 15.519 foram casos graves e com sinais de alarme, e 635 resultaram em morte.
Dengvaxia
A primeira vacina liberada no Brasil contra a dengue foi a Dengvaxia, do laboratório francês Sanofi. O imunizante também nunca chegou ao SUS por apresentar riscos a quem nunca tinha pego a doença. A vacina está disponível somente em clínicas privadas e é indicado para evitar reinfecções.