Saúde ressalta que criança não teve reação a vacina contra Covid-19

Por meio de nota publicada nesta sexta-feira (21), o Ministério da Saúde ressaltou que o caso da criança de 10 anos que teve uma parada cardíaca 12 horas após receber o imunizante da Pfizer contra a Covid-19 não teve relação com a vacina. 

“O parecer conclusivo já divulgado pelo estado foi que não existe relação causal entre a vacinação e o quadro clínico apresentado, portanto, o evento adverso pós-vacinação foi descartado”, esclareceu a pasta em nota. “A pasta destaca que a vacinação é segura e foi autorizada pela Anvisa”.

A família da menina, moradora de Lençois Paulista (SP), foi visitada pelos ministros Marcelo Queiroga, da Saúde, e Damares Alves, do ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos (MDH).

No entanto, na ocasião, a ministra não citou o fato da relação com a vacina e o acontecimento já ter sido descartada pelo governo de São Paulo. Além disso, Damares mencionou que o presidente Jair Bolsonaro entrou em contato com os familiares da criança por telefone e afirmo que o caso será acompanhado por equipe do MDH e da Saúde.

Marcelo Queiroga, que havia compartilhado a informação, desfez o compartilhamento logo em seguida.

Confira a nota na íntegra:

“O Ministério da Saúde foi notificado do caso e acompanhou a investigação conduzida pela Secretária de Saúde de São Paulo. O parecer conclusivo já divulgado pelo estado foi que não existe relação causal entre a vacinação e o quadro clínico apresentado, portanto, o evento adverso pós-vacinação foi descartado.

A paciente tem uma pré-excitação no eletrocardiograma, característica da síndrome de Wolff-Parkinson-White (WPW). Esta é uma condição congênita que leva o coração a ter crises de taquicardia. A WPW é a mais comum causa de morte súbita por arritmia ventricular. A síndrome de Wolff-Parkinson-White, até então não diagnosticada e desconhecida pela família, levou a criança a ter uma crise de taquicardia, que resultou em instabilidade hemodinâmica.

A pasta destaca que a vacinação é segura e foi autorizada pela Anvisa. O Ministério da Saúde segue monitorando a ocorrência dos eventos adversos pós vacinação em parceria com as secretarias municipais e estaduais de saúde. Os registros de eventos adversos são notificados no Sistema e-SUS pelos profissionais de saúde da rede pública, incluindo erros de imunização”.