Política

Sd Correia é afastado da PMBA após críticas a Flávio Dino em podcast

Segundo a Sem Censura TV, o policial é investigado por duas falas proferidas durante entrevista no podcast FALA GLAUBER, incluindo crítica ao ministro da Justiça

Por Da Redação
Ás

Sd Correia é afastado da PMBA após críticas a Flávio Dino em podcast

Foto: Reprodução/Redes Sociais

O Sd da 1ª Cl PM, Diego Santana Correa Oliveira, conhecido como Sd Correia, passa por um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) por falas proferidas durante sua participação no podcast Fala Glauber. O policial militar ficou conhecido por participar do podcast Fala Glauber, bem como estrelar o Alfa 11 Cast. O policial militar conquistou mais de 122 mil seguidores em uma conta no Instagram.

Segundo a Sem Censura TV, o Sd Correia é investigado por duas falas proferidas durante entrevista no podcast FALA GLAUBER, episódio nº 296, no dia 28 de setembro: uma crítica ao Ministro da Justiça Flávio Dino e uma fala em que ele diz “eu disse a minha mãe no dia que eu for preso não é por que eu roubei, não é por que eu aceitei propina, não é por nada não, é porque matei vagabundo, matei ladrão.” A decisão foi assinada pelo comandante-geral, da Polícia Militar, coronel Paulo Coutinho, nesta segunda-feira (18).

A crítica que o Sd Correia profere contra o Ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, se baseia no episódio em que o mesmo participou de um evento no dia 13 de março, na favela Nova Holanda, que faz parte do Complexo da Maré, no Rio de Janeiro. O ministro foi visto entrando na comunidade sem nenhum tipo de escolta policial.

Tal evento gerou uma forte polêmica na Câmara dos Deputados, onde deputados federais chegaram a questionar a suposta facilidade para Flávio Dino entrar na favela. O deputado federal Carlos Jordy (PL-RJ) chegou a apresentar no dia 15 de março um requerimento pedindo a presença do ministro para prestar esclarecimentos à Câmara sobre esse episódio. 

Considerada uma das mais perigosas áreas do Brasil, a região é dominada pelo crime organizado. Uma pesquisa realizada pela ONG local Redes Maré, entre 2018 e 2020, mostra que 63% dos moradores temem ser alvejado por balas na região. As falas do Sd Correia contendo às críticas ao ministro se deu nessa direção:

“Ele entra na maré, né?(...) tem ele como amigo, como chegado, né? Ele ir com o carro, com uma caçambinha, pedir as armas do traficante, né? Pra botar em cima da caçamba e tira, as armas dos traficantes da maré, que tá tudo certo, né? Ministro Dino(..)”;“isso é um país de respeito, com um cara como esse aí, ele não se respeita, pô!(…) é uma vergonha pra mim; Eu não tenho, ele só tem poder, pô, só tem não, ele tem poder, mas pra mim é pior do que quem eu combato, isso é um lixo social(…)”.

Na acusação (PAD), alega-se que “proferiu acusações e teceu comentários desrespeitosos contra o ministro da Justiça e Segurança Pública FLÁVIO DINO, atribuindo falsamente a amizade com traficantes [...] bem como fez imputações ofensivas contra o ministro com a intenção de desacreditá-lo perante a sociedade e provocar contra ele desprezo, menosprezando-o”.

O outro comentário que o Sd Correia profere e que é alvo de investigação é em relação a sua honestidade em não se vender para traficante e que se um dia ele for preso, é porque matou ladrão. “… Que se foda a lei, que se foda! Porque eu respeito essa porra, mas seu um meu pagar, cabou irmão, vai ter que me matar porra, porquê eu vou grandão pra cima porra! Cabou a lei irmão (…) aí você vai ver um psicopata mesmo um doido maluco, que eu vou sair parceiro daquele jeito; Esqueça! Esqueça a lei, esqueça direitos humanos, esqueça…; Eu vou fazer, eu vou bagaçar e depois vou me entregar, pra cumprir, mas com um sorriso aqui(…) Eu vou pra cadeia sorrindo; Eu disse a minha mãe no dia que eu for preso não é porquê eu roubei, não é porquê eu aceitei propina, não é por nada não, é porque matei vagabundo, matei ladrão.”.

A acusação afirma que “com linguagem grosseira e de calão, incita a letalidade policial. Assim, o acusado violou a ética, o decoro da classe e discrição na linguagem, provocando dano à sua imagem como policial, passando a ideia de um profissional violento e vingativo, bem como maculou a imagem da Polícia Militar, que não coaduna com tais comportamentos”.

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