“Se desejam o parlamentarismo, mudem a Constituição", dispara Heleno
Presidentes da Câmara e do Senado se pronunciaram a respeito da declaração
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
O ministro do Gabinete de Segurança Institucional, general Augusto Heleno usou as redes sociais para dizer que foi vítima de um “lamentável episódio de invasão de privacidade”. Na reunião, o ministro do GSI disse que o Congresso tenta chantagear o governo nas negociações sobre o Orçamento e as emendas parlamentares.
Confira a publicação:
O Presidente do Senado e da Câmara reagiram ao discurso do ministro:
"Geralmente, na vida, quando a gente vai ficando mais velho, a gente vai ganhando equilíbrio, experiência e paciência. O ministro, pelo jeito, está ficando mais velho e está falando como um jovem, um estudante no auge da sua juventude. É uma pena que o ministro com tantos títulos tenha se transformado num radical ideológico contra a democracia, contra o Parlamento. Muito triste. Não vi por parte dele nenhum tipo de ataque quando a gente estava votando o aumento do salário dele como militar da reserva", pontuou Rodrigo Maia.
O presidente da Câmara também destacou que a postura de Heleno em relação ao Parlamento seria melhor aproveitada em um "gabinete de rede social, tuitando, agredindo, como muitos têm feito".
"Não é a primeira vez que ele ataca, mas dessa vez veio a público. É uma pena. Todos nós sabemos da competência dele na carreira militar. É uma pena que ele considere a relação com um Parlamento que tanto tem produzido para o Brasil, muitas vezes em conjunto com o governo, principalmente com a equipe econômica, como um Parlamento que quer chantagear. Muito pelo contrário. Esse Parlamento se quisesse apenas deixar as pautas correrem soltas, o governo não ganhava nada aqui dentro. Tudo é feito por responsabilidade com o Brasil", disse.
Já Davi Alcolumbre, Presidente do Congresso Nacional, disse que "nenhum ataque à democracia será tolerado pelo Parlamento."
"O momento, mais do que nunca, é de defesa da democracia, independência e harmonia dos Poderes para trabalhar pelo país. O Congresso Nacional seguirá cumprindo com as suas obrigações", concluiu.