‘Se não fosse eu, Brasil já estaria em uma ditadura’, diz Bolsonaro
Em entrevista, presidente negou ser autoritário e criticou decisões do STF
Foto: Isac Nóbrega/PR
O presidente da República e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL), disse nesta terça-feira (6), durante entrevista à Jovem Pan, que caso não fosse ele o chefe do Executivo, o Brasil já viveria em uma ditadura. Na ocasião, o mandatário negou ser autoritário e criticou recentes decisões dos ministros Alexandre de Moraes e Edson Fachin, amos do Supremo Tribunal Federal (STF), como a limitação do decreto de armas e as investigações contra empresários
“Geralmente, quem parte para o autoritarismo e busca uma maneira de perpetuar-se no poder é o chefe do Executivo. E vocês veem exatamente o contrário. (…) Nós vimos há pouco tempo, em um clube em São Paulo, pessoas criticando o [ministro] Alexandre de Moraes. Lá estava, por coincidência, um assessor dele, levou para o ministro e, ele determinou a prisão do pessoal para investigação. Para onde estamos indo?”, questionou o presidente.
Logo em seguida, Bolsonaro citou o inquérito das fake news e dos atos contra a democracia como exemplos de decisões pouco democráticas de Moraes, atual presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). “Qual a acusação? Atos antidemocráticos. Resume-se tudo. É o que estão fazendo no Brasil. Essa decisão agora também, de armamentos, é absurdo e arbitrariedade. Nós só podemos fazer coisas que estejam definidas em lei. E comentem esses absurdos. Eu ouso a dizer, se não sou eu o presidente, o Brasil já estaria numa ditadura”, pontuou Bolsonaro.