Secretaria de Saúde do estado faz transferência de pacientes do Hospital Santo Antônio após contaminação
Cerca de 200 pacientes foram transferidos

Foto: Reprodução
A secretaria de Saúde da Bahia resolveu transferir cerca de 200 pacientes do Hospital Santo Antônio, pertencente às Obras Irmã Dulce, após surto de casos diagnosticados de coronavírus (Covid-19) no local.
Desse total, apenas 26 possuem diagnóstico positivo para Covid-19. Os demais, com perfil etário acima de 60 anos, serão transferidos como medida protetiva. O processo de transferência foi iniciado neste domingo (19).
Segundo a subsecretária estadual da Saúde, Tereza Paim, o Governo do Estado está ofertando toda a assessoria necessária para a Osid. "Em um planejamento conjunto, estamos ofertando vagas tanto na rede própria quanto no centro de acolhimento montado no Rio Vermelho para dar o tratamento a esses pacientes, até que todas as providências sejam efetuadas pela entidade", garantiu.
A medida foi tomada cinco dias após o Farol da Bahia publicar a denúncia do prefeito de Bom Jesus da Lapa, que acusava a OSID de internar pacientes comuns com pacientes infectados pela Covid-19.
Durante os próximos dias, serão realizadas medidas operacionais e adequações físicas para que, o mais breve possível, os pacientes possam retornar progressivamente ao hospital.
A gestora de saúde da Osid, Lucrécia Savernini, explica que a Sesab vem dando "todo o apoio necessário para que pacientes com testagem positiva para Covid-19 não fiquem próximos a pacientes com outra doenças. Por isso, a transferência dos pacientes com o novo coronavírus e que tenham acima de 60 anos, somando 200 pessoas".
Lucrécia ainda conta que "depois da saída desses pacientes, o Santo Antônio vai passar por outra higiene terminal e, por orientação da Sesab, será reduzido o número de leitos na unidade para que os pacientes fiquem mais dispersos na diferentes áreas do hospital".
Entre as medidas adotadas será realizada a desinfecção terminal de todas as áreas assistenciais do hospital; redução de 50% do número de leitos em cada enfermaria; adequações dos sistemas de renovação de ar; realização de testes RT-PCR em todos os funcionários e pacientes, mesmo os assintomáticos; intensificação das auditorias da utilização correta dos EPIs por todos os profissionais de saúde, além da desparamentação desses profissionais; entre outras ações.