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Secretário de Meio Ambiente de Palmeiras é exonerado após apresentar loteamentos irregulares do prefeito ao MP-BA

Entidade repudia a medida contra Thiago Ramos e afirma que medida atende a interesses particulares da gestão

Por Da Redação
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Secretário de Meio Ambiente de Palmeiras é exonerado após apresentar loteamentos irregulares do prefeito ao MP-BA

Foto: Reprodução

A prefeitura de Palmeiras, no interior da Bahia, exonerou o secretário municipal de Meio Ambiente, Agricultura e Mudanças do Clima de Palmeiras (SEMMAP), Thiago Ramos, na última quinta-feira (21), após moradores da cidade se mobilizarem para solicitar mudanças em um Projeto de Lei na Câmara de Vereadores e a aplicação de um Plano Diretor no município, em meio a suspeitas de loteamentos irregulares com risco ao meio ambiente. 

As terras pertencem ao prefeito Wilson Rocha (Avante), que tem uma empresa imobiliária (WR Imobiliária), onde vende loteamento no Vale do Capão. 

Antes de ser exonerado, o secretário apresentou os casos em uma audiência pública no Ministério Público da Bahia (MP-BA), no dia 7 de agosto. 

Thiago é reconhecido pela população por ter conduzido uma gestão ambiental técnica e participativa. Entre as ações implementadas por ele durante a gestão à frente da pasta estão: 

Criação do setor de Meio Ambiente, Defesa Civil, fiscalização, licenciamento e gestão de parques;
Reativação do Conselho Municipal de Meio Ambiente;
Organização do uso do Fundo Municipal de Meio Ambiente;
Realização de audiências públicas com a comunidade;
Acompanhamento de ações de fiscalização;
Diálogo com o Governo do Estado sobre alternativas para o lixão de Palmeiras;
Estruturação técnica da secretaria por meio de processo seletivo imparcial;
Reconhecimento do Rio Preto como sujeito de direito.

A Campanha Ambiental do Vale do Capão divulgou uma nota de repúdio contra a exoneração do secretário e pontua que a decisão da prefeitura ocorre sem diálogo com a equipe e sem justificativa pública. O movimento acredita que a medida atende a interesses particulares da gestão.

Segundo a campanha, a exoneração demonstra “uma ação deliberada para eliminar quem incomodava interesses privados e não defendia o interesse público”.

"Não aceitaremos que a exoneração de quem protege o meio ambiente seja usada para favorecer aqueles que destroem em nome do lucro. O meio ambiente não está à venda. O Capão resiste", finalizou em nota o coletivo.

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