Secretário de Transportes Metropolitanos de São Paulo tem mais de R$ 12 milhões bloqueados pela Justiça
Baldy é um dos alvos da operação da PF que investiga desvios na saúde do estado de São Paulo
Foto: Reprodução/ G1
Por meio do Ministério Público Federal (MPF), o juízo da 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro determinou o bloqueio de mais de R$ 12 milhões e a prisão do secretário de Transportes Metropolitanos de São Paulo Alexandre Baldy e demais alvos da Operação Dardanaários nesta quinta-feira (6). Todos são investigados por suposto envolvimento em direcionamento de contratações na área da Saúde.
Conforme informações da Polícia Federal, os mandados de prisão são cumpridos nas cidades de Petrópolis (RJ), São Paulo (SP), São José do Rio Preto (SP), Goiânia (GO) e Brasília (DF). O policiais ainda apuram crimes de corrupção, peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa, nomeada em referência "aos agentes de negócios, atravessadores que intermediavam as contratações dirigidas."
Por meio de nota, o MPF explicou que “para possibilitar o pagamento de valores na?o contabilizados, os gestores da OS a? e?poca institui?ram esquema de gerac?a?o de ‘caixa 2’ na sede da Pro?-Sau?de, com o superfaturamento de contratos, custeados, em grande parte, pelos repasses feitos pelo Estado do Rio de Janeiro, os quais constitui?am cerca de 50% do faturamento nacional da organizac?a?o social (que saltou de aproximadamente R$ 750 milho?es em 2013, passando por R$ 1 bilha?o em 2014 e chegando a R$ 1,5 bilha?o em 2015).”
O MPF lembrou ainda que a Pro?-Sau?de ingressou na administrac?a?o de hospitais estaduais no Rio no final de 2012 e ini?cio de 2013, "e?poca em que seus gestores aderiram a? organizac?a?o criminosa liderada pelo ex-governador Sérgio Cabral, mediante ajuste com os empresa?rios Miguel Iskin e Gustavo Estellita, e o enta?o secreta?rio de sau?de Sérgio Côrtes".
Os procuradores destacam que a propina equivale a 10% dos contratos da OS com os fornecedores, e eram entregues aos empresários Miguel Iskin e Gustavo Estellita, responsáveis por estarem à frente de todo o esquema.
Ainda segundo os investigadores, as quantias eram exigidas diretamente de cada fornecedor, de maneira que os recursos para pagamentos ili?citos na?o precisavam sair das contas da Pro?-Sau?de. A OS funcionava como intermedia?ria para que os recursos da Secretaria Estadual de Sau?de fossem desviados para Miguel Iskin.