Secretário do Tesouro admite frustração com PIB

Foco para o debate político é fundamental, diz Mansueto Almeida

Por Da Redação
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Secretário do Tesouro admite frustração com PIB

Foto: Agência Brasil

Mansueto Almeida, secretário do Tesouro Nacional, admitiu nesta quinta-feira (5), que não é normal um país como o Brasil crescer 1% ao ano, como mostrou o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) do ano passado, que foi divulgado ontem (4), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O secretário pediu foco para o debate político, fator que pode ajudar nas reformas econômicas que são vistas pelo governo como fundamentais para a retomada econômica brasileira. 

"Estamos em um país que ainda passa por enormes dificuldades. Se eu durmo tranquilo? Eu não durmo tranquilo. Estou muito preocupado porque a gente está ainda um país com um crescimento muito baixo. Não é normal um país em desenvolvimento como o Brasil crescer 1% ao ano. Não é normal um país com tanta necessidade e diferença. Claramente causa frustração em vários segmentos da sociedade. E por isso é tão importante chegar a um consenso sobre o que o país precisa fazer para ter crescimento e investimento maior", defendeu Mansueto.

Mansueto ainda respondeu as críticas feitas por Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara dos Deputados, de que o nível de investimento público no Brasil precisa crescer. "Não é normal, em um país como o Brasil, em que a carga tributária é de quase 30% do PIB - a média da América Latina é de 23% do PIB - ter um investimento público que é menor de 2,5% do PIB. É muito baixo", afirmou Mansueto. A afirmação de Maia, também foi defendida pelo deputado Pedro Paulo (DEM-RJ), que é relator do Plano Mansueto, durante evento do Conselho Nacional de Secretários de Estado da Administração (Consad).

O secretário do Tesouro aproveitou a oportunidade para pedir apoio a continuidade do processo de ajuste fiscal e, sobretudo, para a aprovação das reformas econômicas no Congresso Nacional. "Para as conquistas continuarem, precisamos ter calma, transparência e celeridade para avançar e aprofundar o debate político. Precisamos respeitar o contraditório e partir para o debate, apesar das divergências, porque naturalmente vamos chegar a um consenso", defendeu.

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