Secretário nacional diz que Brasil discute sobre 'alta tecnologia', mas que no saneamento está na 'era medieval'
Pedro Maranhão defende concessão dos serviços de água e esgoto à iniciativa privada
Foto: Dênio Simões/MDR
Secretário nacional de Saneamento do Ministério do Desenvolvimento Regional, Pedro Maranhão disse que o Brasil discute muito sobre "alta tecnologia" no século XXI, mas que, quando se trata de saneamento, está "na era medieval".
A declaração ocorreu em entrevista ao R7. "São 100 milhões de pessoas sem esgoto, 35 milhões sem acesso à água tratada e mais de 3.000 lixões a céu aberto no Brasil", revelou.
Apesar de ser uma realidade distante, Maranhão disse que a expectativa é que o país chegue em 2033 com 99% de água tratada e 90% do esgoto coletado e tratado. Para ele, o atual cenário mudará a partir da realização de leilões que visam atrair o setor privado.
Para ele, a solução para mudar o atual, panorama é atraindo investimentos de empresas, visto que esse tipo de serviço precisaria ser pago para funcionar. "De 2015 até o marco regulatório, tínhamos R$ 4,5 bilhões de investimento. Para 2022, são R$ 50 bilhões arrecadados para investimento em infraestrutura e saneamento. Fora o dinheiro das outorgas, que são R$ 25 bilhões a 30 bilhões para os estados. A partir de 2023, os números vão começar a melhorar, com o aumento de 1.000% em investimentos, vai dar resultado", declarou Pedro Maranhão.