Segundo a OMS, existem cerca de 140 vacinas em fase de estudo clínico
194 estão em estágio pré-clínico, com testes em animais

Foto: © Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) existem cerca de 140 imunizantes em fase de estudo clínico, quando a vacina é testada em humanos, e 194 em estágio pré-clínico, com testes em animais. A lista inclui candidatas brasileiras, com expectativa de que fiquem prontas no início de 2023.
O surgimento de variantes altamente transmissíveis, como a Ômicron, e a perspectiva de que o mundo terá de conviver com o coronavírus impulsionam as pesquisas. Os imunizantes que estão à disposição vêm cumprindo muito bem sua função principal: prevenir o adoecimento com evolução para casos graves e como consequência, a morte.
O desenrolar da pandemia já deixou claro que as vacinas podem ser aprimoradas para reduzir infecções e transmissão. Hoje, especialmente com a Ômicron, vacinados se infectam e transmitem, ainda que em escala menor do que não imunizados. O avanço da variante fez a Coalizão Internacional de Autoridades Reguladoras de Medicamentos convocar uma reunião para debater "estratégias de longo prazo" sobre tipos de vacinas necessárias para gerenciar a covid-19.
Outros estudos em teste miram evitar o problema das mutações, com vacinas "à prova de variantes". Uma das tentativas é da empresa americana Gritstone bio, que projetou um produto com foco nas células assassinas de estruturas infectadas pelo vírus.
Já em teste em brasileiros, uma vacina desenvolvida pelo Senai Cimatec, em parceria com a empresa americana HDT Bio Corp, aposta em alta proteção com baixíssimas doses - até 30 vezes menores do que a da Pfizer. Isso é possível porque o imunizante usa uma técnica para que o RNA - que contém informações para a síntese de proteínas - se autorreplique nas células.
A vacina americana Novavax foi aprovada na Europa. Sem usar tecnologia de RNA mensageiro, é uma aposta para convencer quem ainda resiste a se vacinar. Já contra o medo das agulhas, há propostas como a da Vaxart, na Califórnia, que criou uma vacina em forma de pílula e começou testes em humanos.