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Segundo pesquisa, população brasileira aproveita pouco os benefícios dos bioativos

Nutricionista ouviu 34 mil pessoas com 10 anos ou mais, distribuídas nas cinco regiões do país

Por Da Redação
Ás

Segundo pesquisa, população brasileira aproveita pouco os benefícios dos bioativos

Foto: Reprodução

De acordo com uma pesquisa de doutorado da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo (FCF-USP), a população brasileira não aproveita por completo os os benefícios de produtos bioativos. 

A pesquisa foi realizada pela nutricionista Renata Alves Carnauba, através de uma análise da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF 2008-2009) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Ela verificou o consumo alimentar de 34 mil pessoas com 10 anos ou mais, distribuídas nas cinco regiões do país.

Os resultados, publicados em dois artigos no British Journal of Nutrition, mostraram que a ingestão média de compostos bioativos é de três a quatro vezes menor no Brasil do que em países desenvolvidos.

No caso dos carotenoides, presentes em frutas e legumes de coloração laranja, a ingestão entre os participantes foi de 1,8 mg/1000kcal por dia; índice três vezes menor do que na Espanha, por exemplo. Já o consumo diário de compostos fenólicos, produzidos por algumas plantas e que combate radicais livres, foi de 204 mg/1000kcal, ao menos quatro vezes menos do que em países desenvolvidos.

Os glicosinolatos, compostos que atuam na prevenção do câncer, foram praticamente ignorados e seu consumo médio foi próximo a zero. O estudo mostrou que na população da Espanha e Holanda, a ingestão diária foi estimada em 6,5 mg e 14,2 mg.

Em entrevista à assessoria de imprensa do Centro de Pesquisa em Alimentos (FoRC), a pesquisadora informou que o baixo consumo de compostos bioativos pela população brasileira está relacionado com a baixa qualidade da sua alimentação. “Menos de 10% da população brasileira atingiu o consumo diário de 400 g de frutas e hortaliças, que é a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) para reduzir o risco de doenças crônicas”.

A pesquisa também mostrou que para mudar essa situação, a renda é um fator determinante. Indivíduos nas faixas mais altas de renda apresentaram um consumo significativamente maior de carotenoides e compostos fenólicos do que as faixas de renda mais baixas.

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