Política

''Segurança não é um assunto para se fazer política'', diz Adolfo Menezes

Parlamentar afirmou ainda que situação da Bahia se deu porque as policias estão tentando fazer com que cidade não se torne Rio

Por Da Redação
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''Segurança não é um assunto para se fazer política'', diz Adolfo Menezes

Foto: Reprodução / TV Alba

O presidente da Assembleia Legislativa da Bahia (Alba) Adolfo Menezes (PSD), afirmou nesta segunda-feira (18) durante uma sessão, que o assunto da segurança pública em relação a violência que atinge o Estado da Bahia, ''não é para se fazer política'', pois segundo ele, não haverá uma ''solução a médio prazo''.

''Esse assunto da segurança é um assunto que não é para se fazer política. É o assunto de uma gravidade que, na minha opinião, não vejo solução nem a médio prazo. Todo mundo sabe o que está envolvido por trás. Está envolvido a droga que toma conta do nosso país, está envolvido a situação econômica onde milhões de jovens estão desempregados. Mas é claro que pobreza não é sinônimo de violência'', afirmou.

O parlamentar afirmou ainda que a situação da Bahia se deu por conta do enfrentamento feito pelas policias, para evitar que a cidade se torne ''o Rio de Janeiro''.

''O governador poderia ter a opção de lavar as mãos e com certeza a violência e as mortes iriam diminuir. Poderia deixar os traficantes tomando conta dos bairros, como já acontece no Rio de Janeiro. Mas o que está acontecendo na Bahia é o enfrentamento, tentando não deixar que a cidade chegue no mesmo nível do Rio'', disse.

Na última sexta-feira (15), o agente da Polícia Federal (PF), Lucas Caribé Monteiro, foi morto durante a operação intitulada ''Operação Fauda'', realizada pela Polícia Federal e pela Secretaria de Segurança Pública, na Estrada do Derba, que faz parte do bairro de Valéria. 

A morte do agente resultou em uma operação ainda mais intensa na região, levando a morte de ao menos 9 envolvidos. O policial foi surpreendido por um grupo de cerca de 40 homens durante a execução da operação, e morto por um tiro de fuzil na cabeça. Outros dois policiais também foram atingidos, um deles por estilhaço de granada no olho, que resultou na perda da visão. O outro policial recebeu alta no mesmo dia.

A região está sendo ocupada pelas policias Civil, Federal e Militar desde a sexta-feira (15), com apoio de policiais federais de Brasília que vieram a Bahia para ajudar no combate a facções criminosas. Para esta semana, está previsto a chegada de três carros blindados vindos do Rio de Janeiro para reforçar ainda mais as ações. 

No início deste mês o bairro do Alto das Pombas também viveu momentos de terror. Ao menos 10 suspeitos foram mortos em confronto com a polícia na região, após uma tentativa de tomada de território de uma determinada facção criminosa. As aulas do campus de Ondina e Federação da Universidade federal da Bahia (UFBA), próximos ao bairro dos confrontos, foram suspensas durante este período.

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