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Seguranças cobraram R$ 700 para soltar tio e sobrinho que furtaram carne no Atakarekjo, diz SSP

Três pessoas foram presas durante uma Operação realizada nesta segunda-feira (10)

Por Da Redação
Ás

Seguranças cobraram R$ 700 para soltar tio e sobrinho que furtaram carne no Atakarekjo, diz SSP

Foto: Reprodução

A Três seguranças do supermercado Atakarejo envolvidos com a morte de Bruno e Yan Barros, foram presos na manhã desta segunda-feira (10), durante uma operação das Polícias Civil. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA), os seguranças chegaram a cobrar R$ 700 para soltar tio e sobrinho, que furtaram carnes no estabelecimento. 

Ainda segundo o órgao, não há dúvidas de que Bruno e Yan foram entregues pelos seguranças do supermercado para traficantes do Nordeste de Amaralina. "Hoje, na clareza da investigação, a gente percebe que sim, houve uma entrega para os traficantes". 

Durante a coletiva de imprensa realizada nesta segunda (10), foi informado que uma terceira pessoa que estava com tio e sobrinho conseguiu escapar dos seguranças e outra pessoa esperava pelos três no estacionamento. Bruno Barros, tio de Yan, tinha passagem na polícia por furto. O caso ainda está sendo investigado.

Para a Secretaria de Segurança Pública, há um padrão de ação dos seguranças e do grupo que torturou e matou Bruno e Yan, pois uma agressão semelhante ocorreu com uma adolescente de 15 anos, em outubro do ano passado. A jovem sofreu violência física após cometer furto dentro do mesmo supermercado.

O secretário da pasta, Ricardo César, ressaltou que, mesmo que o crime tenha sido praticado por pessoas ligadas a uma empresa terceirizada, o Atakarejo tinha que orientá-los sobre a forma de trabalhar e de coibir abusos. "Qualquer empresa tem a obrigação de saber quem está contratando e de conduzir essa prestação de serviço. Observe que essa é a segunda ocorrência, que está sendo investigada só agora porque a gente não tinha a informação do fato ocorrido ano passado. A vitima não denunciou, ficou com medo. Mas já é a segunda vez".

Após a operação desta segunda-feira (10), a Polícia Militar reforçou a segurança na região do Nordeste de Amaralina. 

Ainda segundo Ricardo, o supermercado foi leniente com o crime. "A gente não tem a informação de que alguém do supermercado tenha participado, tenha dado ordem, tenha assentido com as mortes, isso a gente não pode confirmar. Mas não tenho dúvidas de que existe uma responsabilização civil. Falo como cidadão, não como secretário, mas como uma pessoa que tem formação em Direito. Muito provável que eles [o Atakarejo] serão responsabilizado civilmente. Se eu estivesse no lugar da família, entraria com ação indenizatória".

Ele também ressaltou que não houve chamado do supermercado para que as polícias Civil ou Militar fossem atender à ocorrência do furto das carnes. Apenas foi aberta uma ocorrência administrativa pela empresa. "Mas eles não têm poder de polícia para punir ninguém, muito menos mandar matar. Eles tinham a obrigação de acionar a polícia".

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