Seis pessoas são denunciadas pelo Ministério Público por envolvimento na infecção por HIV de transplantados

O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) denunciou seis pessoas, na terça-feira (22), por envolvimento no caso do laboratório que contaminou pacientes com o vírus HIV, após transplantes de órgãos infectados, no Rio de Janeiro.

Entre os denunciados, estão sócios e funcionários do Laboratório PCS Saleme, que são acusados de associação criminosa, lesão corporal grave e falsidade ideológica. Eles não tiveram os nomes divulgados.

A denúncia foi feita por meio da 2° Promotoria de Justiça de Investigação Penal Especializada dos Núcleos de Duque de Caxias e Nova Iguaçu. Uma funcionária também foi denunciada por falsificação de documento particular.

A acusação enviada à Justiça solicita pedido de prisão preventiva dos envolvidos, para garantir o andamento das investigações. O MPRJ informou que não serão divulgadas demais informações sobre o processo, por questões de sigilo judicial.

Após a renúncia da diretoria da Fundação Saúde na segunda-feira (21), o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, nomeou o médico Marcus Vinícius Dia para o cargo, na terça. O governador fluminense acredita que a nomeação de Dias reforça a transparência e a segurança das investigações sobre o caso.

O que diz a defesa

A defesa dos sócios do laboratório informou que o pedido de prisão de Matheus Vieira, não tem fundamento lógico, considerando que o cliente se apresentou voluntariamente para prestar depoimento à polícia e segue colaborando com as investigações.

“Análise preliminar do HemoRio apontou resultado negativo para HIV em todas as 286 amostras de sangue de doadores de órgãos que foram retestadas. Isso comprova que os dois laudos errados foram episódios pontuais, porém graves, causados por falha humana”, diz a nota.

Os advogados informaram ainda que os pacientes que foram infectados com HIV, e os familiares, serão amparados com ações reparadoras que serão validadas pelo laboratório junto às autoridades.