Seis pessoas são presas em operação contra falsificação de bebidas alcoólicas em São Paulo

A Polícia Civil de São Paulo prendeu, na manhã desta terça-feira (14), seis pessoas suspeitas de integrar uma rede criminosa responsável por adulterar e falsificar bebidas alcoólicas em diferentes cidades do estado. A operação, batizada de Poison Source (“fonte do veneno”), cumpriu 20 mandados de busca e apreensão em São Paulo, Santo André, Poá, São José dos Campos, Santos, Guarujá, Presidente Prudente e Araraquara.

Segundo a delegada Leslie Caran Petrus, que coordenou a ação, as investigações começaram há cerca de dez dias, após o flagrante de um dos principais fornecedores de insumos e bebidas falsificadas do país. “Ele vendia garrafas com rótulos, tampinhas intactas e lacres, praticamente impossível de identificar a falsificação. Depois, descobrimos quem adquiriu esses produtos e estamos indo atrás deles hoje”, afirmou.

De acordo com a delegada, os presos tinham conhecimento da origem ilegal das bebidas e atuavam de forma organizada. “Todos têm plena consciência de que falsificam a bebida e vendem por um valor bem abaixo do custo. Em alguns casos, eles adquirem as garrafas, os selos, os lacres falsificados da bebida e envasam com bebida de menor qualidade”, explicou.

Durante a operação, foram apreendidos materiais usados na falsificação, registros de pagamentos e mensagens que comprovam a compra e venda dos insumos. As autoridades também encontraram indícios de que a rede distribuía produtos adulterados para outros seis estados.

O delegado-geral de Polícia de São Paulo, Arthur Dian, informou que em 13 dos 20 locais fiscalizados foram identificadas bebidas supostamente adulteradas. “Essa é mais uma operação que ocorreu diante das tantas que já fizemos. Foram mais de 12 estabelecimentos interditados e mais de 30 pessoas presas após os casos de intoxicação por metanol”, destacou.

A Operação Poison Source integra as ações do gabinete de crise do Governo de São Paulo voltadas ao combate de casos de intoxicação por metanol. A ação foi conduzida pelo Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), por meio da 1ª Delegacia de Investigações sobre Furtos e Roubos de Veículos da Divecar, com apoio da Associação Brasileira de Bebidas (Abrabe).