Seis suspeitos de envolvimento em feminicídio de adolescente de 13 anos são presos em Salvador
Segundo o delegado, corpo da vítima foi tratado pelos criminosos como 'área territorial das facções que a disputam'
Foto: Reprodução/Redes Sociais
Seis homens foram presos na quarta-feira (4) suspeitos de matar a adolescente Maria Eloísa Santana de Jesus, de 13 anos, em Salvador. Um sétimo homem foi preso em flagrante após ser encontrado com armas e drogas durante a operação.
A Polícia Civil divulgou o nome de quatro dos sete presos, são eles: Matheus Souza de Oliveira, conhecido como "Keno"; Gleidson Santos Silva, o "Gueu do CV"; Renildo de Almeida Matos, o "Loli"; Helder Leal Ramos, o "APF" (preso em flagrante). Outros seis mandados de busca e apreensão foram cumpridos.
O crime aconteceu no início do mês de agosto, no bairro de Fazenda Grande do Retiro, na capital baiana, perto de uma lanchonete. Conforme a Polícia Civil, os suspeitos são responsáveis por homicídios ligados ao tráfico de drogas. Segundo o delegado José Nelis, responsável pelo caso, a garota não tinha qualquer envolvimento com o tráfico e o crime foi registrado como feminicídio.
De acordo com o titular, a vítima entrou na mira dos criminosos após aparecer em um vídeo na companhia de amigas. Nas imagens, "que não representam nada de anormal", conforme análise dos investigadores, Maria Eloísa está dançando no momento em que uma pessoa passa e faz um sinal.
"Nós, na investigação, percebemos que essa jovem e o corpo dela passam a ser área territorial das facções que a disputam [...] Esses indivíduos faccionados se apropriaram desses símbolos e chamam a menina e a família para um primeiro julgamento. Ela é conduzida e essa primeira facção faz o julgamento dela. Quando chega a informação de que eles já haviam perdido a área pra outra facção, eles dispensam o julgamento, embora já tenham avisado que ela iria ser morta, e mandam [o caso da jovem] pra segunda facção", explicou.
Participaram da operação equipes do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) e da Coordenação de Operações e Recursos Especiais (Core), que prestou apoio tático.