Economia

Selic deve fechar 2023 em 11,75%, após novas reuniões do BC

Projeções também apontam diminuição da taxa Selic para 2024 e 2025

Por Da Redação
Ás

Selic deve fechar 2023 em 11,75%, após novas reuniões do BC

Foto: Reprodução/Internet

A edição mais recente do Relatório Focus, divulgado na manhã desta segunda-feira pelo Banco Central (BC) mostra uma queda nas expectativas de juros para 2023, 2024 e 2025. Dessa forma, a expectativa é de que, caso o Banco Central mantenha o mesmo patamar da queda de juros nas três reuniões que restam até o fim do ano, a Selic recue de 12% para 11,75% em 2023. 

Embora a diminuição seja modesta em termos individuais, essa é a primeira vez em que o Focus demonstra taxas de juros inferiores a 12% neste ano. As previsões para 2024 foram revisadas para baixo, passando de 9,25% para 9,00%, e as projeções para 2025 sofreram um declínio de 8,75% para 8,50%.

De acordo com economistas, apesar da diminuição da taxa Selic ainda ser especulativa, está cada vez mais próxima de tornar-se uma realidade no futuro. Isto porque, na quarta-feira (2), o BC sinalizou que deve seguir com o ciclo de cortes na taxa básica de juros, ao mencionar “redução de mesma magnitude nas próximas reuniões”.

Na ocasião, a decisão não foi unânime. Foram cinco votos a favor da queda de 0,50 ponto percentual e quatro diretores querendo uma baixa mais conversadora, em 0,25 ponto percentual. O presidente do BC, Roberto Campos Neto, deu o voto decisivo e a favor do corte maior da taxa básica de juros.

Para o ex-diretor do Banco Central, Luiz Fernando Figueiredo, a decisão do Copom de reduzir a taxa básica de juros em 0,50 percentual foi acertada. “Eu achei positivo ter feito (o corte), porque ele (Copom) se mostrou flexível ao que está acontecendo. Gostei bastante da decisão”, afirma Figueiredo

Ele acredita ainda que, caso o governo consiga levar adiante uma política fiscal responsável, os juros podem cair até abaixo de 9% ao fim de 2024. “Isso vai depender da política fiscal, por exemplo, do governo conseguir cumprir a meta de déficit zero de primário no ano que vem.”

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