Sem desoneração, Brasil pode enfrentar alta de preços e oscilações na inflação

Caso a desoneração da folha de pagamento para os 17 setores que mais empregam não seja prorrogada, o Brasil pode enfrentar oscilações na inflação. O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), tem até esta quinta-feira (23), para decidir se sanciona ou veta o projeto. 

Especialistas consultados pelo portal R7 afirmam que, sem a continuidade da medida, há previsão de fechamento de 1 milhão de postos de trabalho e aumento nos preços finais de serviços e produtos.

De acordo com o economista Werton Oliveira, o aumento nos preços ao consumidor final traria, a curto prazo, um aumento da inflação. Por outro lado, com as demissões gradativas, haveria uma diminuição do poder de compra dos brasileiros em um segundo momento, diminuindo os preços, mas prejudicando o crescimento econômico.

A desoneração possibilita ao empregador optar por substituir a incidência da contribuição previdenciária patronal sobre a folha de salários pela incidência sobre a receita bruta da empresa. Em vez de o empresário recolher 20% sobre a folha de pagamento do funcionário, o tributo pode ser calculado aplicando um percentual sobre a receita bruta da empresa, variando de 1% a 4,5%, dependendo do setor.