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Economia

Sem desoneração da folha, Brasil teria perdido R$ 34,3 bilhões em contribuição previdenciária patronal

Setores econômicos se unem em favor da prorrogação da desoneração da folha de pagamento até 2027, em projeto de lei de tramitação na Câmara dos Deputados

Por Da Redação
Ás

 Sem desoneração da folha, Brasil teria perdido R$ 34,3 bilhões em contribuição previdenciária patronal

Foto: Marcello Casal jr/Agência Brasil

A não prorrogação da desoneração da folha de pagamento para os 17 setores que mais empregam no Brasil teria resultado na perda de R$ 34,3 bilhões em Contribuição Previdenciária Patronal (CPP) entre 2018 e 2022. Este imposto é pago pelas empresas para custear os direitos previdenciários dos empregados. A desoneração, que está prevista para terminar no final deste ano, pode ser prolongada até 2027 por meio de um projeto de lei já aprovado pelo Senado e atualmente em tramitação na Câmara dos Deputados.

De acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), o impacto na arrecadação seria o seguinte: 2018: R$ 111 milhões, 2019: R$ 3,3 bilhões, 2020: R$ 6,4 bilhões, 2021: R$ 11,1 bilhões, 2022: R$ 13,2 bilhões.
Esses 17 setores desonerados são responsáveis ​​por 8,93 milhões de empregos formais, representando 17,1% do total de empregos no Brasil.

A desoneração da folha de pagamento permite que as empresas substituam a contribuição previdenciária patronal sobre a folha de balanço pela incidência sobre a receita bruta da empresa, variando de 1% a 4,5%, dependendo do setor. Isso significa que, em vez de pagar 20% sobre a folha de pagamento de seus funcionários, as empresas podem calcular o tributo com base em sua receita bruta. Esse sistema permite a contratação de mais trabalhadores sem aumentar a carga tributária.

Os setores beneficiados pela desoneração incluem calçados, call center, comunicação, confecção, construção civil, construção de obras de infraestrutura, couro, fabricação de veículos e carrocerias, máquinas e equipamentos, proteína animal, têxtil, tecnologia da informação, tecnologia de comunicação, projeto de circuitos integrados, transporte metroferroviário de passageiros, transporte rodoviário coletivo e transporte rodoviário de cargas.

As votações para a urgência e o mérito do projeto de lei que prorroga a desoneração da folha de pagamento estão agendadas para esta terça-feira (29), conforme anunciado pelo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL). A desoneração da folha de pagamento foi criada em 2011 com o objetivo de estimular a geração de empregos e reduzir os custos trabalhistas das empresas. Desde então, tem sido alvo de debates e medidas de prorrogação para manter sua eficácia na economia brasileira. O projeto de lei atual visa estender a desoneração até 2027.

Um manifesto chamado “Desonera Brasil” foi lançado em maio por representantes desses 17 setores econômicos em apoio à continuidade da política de desoneração da folha de pagamento e destaca os resultados positivos da desoneração, como o aumento do emprego formal e da competitividade nos setores beneficiados.

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