Sem indiciar motorista, polícia encerra investigação de atropelamento que matou menino de 4 anos na Bahia
Caso ocorreu no dia 9 de setembro deste ano, no momento em que a criança e a mãe atravessaram um trecho da Avenida Gilenilda Alves

Foto: Reprodução/TV Sudoeste
A Polícia Civil da Bahia (PC-BA) encerrou a investigação do atropelamento que matou o menino Levi Miguel Nunes de Oliveira Lima, de 4 anos, na cidade de Vitória da Conquista, no sudoeste da Bahia, sem o indiciamento do motorista envolvido no acidente.
O caso ocorreu no dia 9 de setembro deste ano, no momento em que a criança e a mãe atravessaram um trecho da Avenida Gilenilda Alves. A mulher ficou ferida depois do atropelamento. Na ocasião, foi identificado que o motorista estava alcoolizado, mas sem teor passível de prisão.
No inquérito divulgado na última quinta-feira (11), depois de investigações, testemunhos e análise de documentos e laudos periciais, a polícia indicou a falta de faixa de pedestres e iluminação no local como problemas que causaram o acidente.
A investigação policial também concluiu que o condutor trafegava em velocidade compatível com a permitida para a via e que o homem colaborou com as autoridades e pediu socorro. A alcoolemia não foi considerada.
O inquérito foi enviado ao Ministério Público da Bahia (MP-BA), que definirá se pedirá ou não novas investigações.
Relembre o caso
O atropelamento foi registrado por uma câmera de segurança instalada no local aonde o acidente aconteceu. Nas imagens, é possível notar que Levi estava no colo da mãe, quando ambos foram arremessados depois de serem atingidos pelo carro.
As vítimas foram socorridas por agentes do Sistema Municipal de Trânsito (SIMTRANS) para o unidades hospitalares.
Levi Miguel chegou a ficar internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), mas acabou não resistindo aos ferimentos e morreu quatro dias depois, no dia 13 de setembro. A família optou pela doação dos órgãos da criança.
A mãe do menino, que foi identificada como Camila Nunes de Oliveira, recebeu alta médica um dia depois da morte.
No dia do acidente, o condutor do veículo envolvido foi submetido ao teste do bafômetro, cujo resultado foi de 0,23 mg/L. O valor é enquadrado como infração administrativa, de acordo com o Artigo 165-A do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), mas não é considerado crime de trânsito, que só é reconhecido a partir de 0,34 mg/L.
Por algumas alterações irregulares identificadas no carro, o motorista foi autuado administrativamente e teve a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) retida.


