Política

Senado inicia debates sobre PEC para restringir poderes do STF nesta terça (24)

Presidente da Casa, Rodrigo Pacheco, estabelece cronograma de discussões antes da votação em plenário

Por Da Redação
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Senado inicia debates sobre PEC para restringir poderes do STF nesta terça (24)

Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

O Senado Federal dará início, nesta terça-feira (24), às discussões sobre a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que visa restringir os poderes do Supremo Tribunal Federal (STF). O presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou que o texto passará por um processo de análise conforme as normas regimentais, com cinco sessões previstas antes da votação em plenário, programada para 8 de novembro.

A intenção é que três das cinco sessões ocorram ainda nesta semana, com as restantes agendadas para a semana subsequente. De acordo com informações apuradas pela analista da CNN Basília Rodrigues, há um acordo em andamento para garantir o cumprimento do cronograma antes do feriado de Finados, em 2 de novembro.

Para que uma emenda à Constituição seja aprovada, é necessário que haja votação em dois turnos e o apoio de no mínimo 49 senadores em cada um deles. Posteriormente, o texto segue para a Câmara dos Deputados, onde também será submetido a votação em dois turnos.

A PEC em questão busca limitar decisões monocráticas e pedidos de vista nos tribunais superiores. O texto foi aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado em uma votação rápida no dia 4 de outubro. Essa aprovação ocorreu em meio a um momento de crescente tensão entre o STF e o Congresso, com decisões conflitantes em temas como o marco temporal para demarcação de territórios indígenas e a discussão sobre os mandatos dos ministros.

A proposta, apresentada pelo senador Oriovisto Guimarães (Podemos-PR), estabelece que os magistrados do STF não terão autorização para, por meio de decisão individual, anular atos dos presidentes da República, do Senado ou da Câmara. “A nossa intenção é promover melhorias, não se trata de ser contra um ministro específico. O Supremo Tribunal Federal será aprimorado”, afirmou Oriovisto à CNN.

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