Senadores pressionam Aras a seguir com investigações da CPI da Covid
O procurador-geral da República decidiu que vai enviar o material para “análise prévia” para o Giac

Foto: Reprodução/Agência Brasil
Com o fim do trabalho legislativo, a CPI da Covid agora requisita que providências sejam tomadas fora do Congresso. O relatório final da Procuradoria-Geral da República (PGR) será entregue na manhã de hoje (27) por Integrantes da comissão, que vão criar um observatório para analisar o andamento das investigações nos Ministérios Públicos e no exterior.
O procurador-geral da República, Augusto Aras, decidiu que vai enviar o material para “análise prévia” de um órgão da PGR que fiscalizou as políticas públicas da pandemia, o Gabinete Integrado Covid-19 (Giac).
Somente depois da primeira análise é que Aras definirá se vai instaurar investigações ou apresentar denúncias contra o presidente Jair Bolsonaro e autoridades com foro privilegiado que tiveram o indiciamento pedido no relatório, como ministros Marcelo Queiroga (Saúde), Walter Braga Netto (Defesa), Onyx Lorenzoni (Trabalho) e Wagner Rosário (Controladoria-Geral da União).
O senador e vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues (Rede-Ap), disse que, se Aras não agir, a finalidade é apresentar uma ação penal por conta própria. Integrantes da comissão também querem pressionar o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), quem pode solicitar o eventual pedido de impeachment do presidente da República. O relatório também pede o indiciamento de deputados federais.
"Estaremos vigilantes para ter algum tipo de manifestação do presidente da Câmara (sobre crime de responsabilidade)" afirmou Randolfe.