Senadores visitam ex-ministro Anderson Torres na prisão enquanto aguardam julgamento
Parlamentares expressam preocupação com a saúde e defendem a libertação do ex-ministro
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Cinco dos 38 senadores autorizados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) visitaram Anderson Torres, ex-ministro da Justiça, que está preso desde janeiro. Torres é acusado de omissão durante os atos de 8 de Janeiro, quando manifestantes invadiram o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal em protesto contra o processo eleitoral no Brasil.
O ex-ministro ocupava o cargo de secretário de segurança pública durante o tumulto ocorrido na Praça dos Três Poderes. Recentemente, a defesa de Torres solicitou a transferência para um hospital penitenciário, porém, o ministro Alexandre de Moraes, do STF, negou o pedido.
"Acabamos de sair de uma visita ao ex-ministro Anderson Torres, que está preso em regime temporário há mais de quatro meses. A libertação de Anderson é um ato de justiça e humanidade", afirmou Rogério Marinho (PL-RN), um dos parlamentares que visitaram Torres.
"Ele está emocionalmente muito abalado. Sua saúde está em uma situação delicada. Passei esse tempo orando com ele", acrescentou Magno Malta (PL-ES). Jorge Seif (PL-SC), Eduardo Gomes (PL-TO) e Marcio Bittar (União-AC) também estiveram presentes no 4º Batalhão da Polícia Militar do Distrito Federal.
Outros parlamentares, como Ciro Nogueira (PP-PI), Sergio Moro (União Brasil-PR), Eduardo Girão (Novo-CE) e Marcos Pontes (PL-SP), planejam visitar Torres nos próximos dias. No entanto, eles estão proibidos de levar telefones celulares, gravadores, câmeras ou entregar mensagens de qualquer tipo durante a visita.
Por outro lado, os senadores Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e Marcos do Val (Podemos-ES) não terão permissão para se encontrar com o ex-ministro. De acordo com Moraes, "há conexão entre os fatos investigados neste inquérito e investigações das quais ambos fazem parte".