Economia

Serasa: 4 em cada 10 brasileiros teve descontrole financeiro na pandemia

Mulheres e membros das classe C, D e E foram as mais impactadas com a crise

Por Da Redação
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Serasa: 4 em cada 10 brasileiros teve descontrole financeiro na pandemia

Foto: Reprodução/ES Brasil

A pandemia da Covid-19 gerou um descontrole financeiro para 4 em cada 10 brasileiros, segundo aponta os dados da pesquisa “Bolso dos brasileiros”, realizada pela Serasa em parceria com a Opinion Box entre os dias 11 e 22 de fevereiro deste ano. O levantamento também mostra uma queda no número de brasileiros que estão conseguindo pagar as contas em dia. 

Com elevação de 50% nos gastos, em comparação com o mesmo período de 2020, foi registrada uma redução na renda para 38% dos entrevistados. "A pandemia trouxe impactos enormes para a vida financeira do brasileiro e esses impactos acabaram se estendendo para outros aspectos. Por exemplo, mais da metade declarou que teve impactos emocionais negativos, por conta da situação", afirma Nathalia Dirani, gerente da Serasa.

Neste ano, o endividamento predominante corresponde aos planos de saúde, escolas ou faculdades. Em comparação à pesquisa realizada no ano passado, com o mesmo perfil de entrevistados, a compra de mantimentos, gastos de rotina e os cartões de créditos apareciam no topo dos níveis de inadimplência, mesmo com a distribuição do auxílio emergencial feita pelo Governo Federal.

Ainda de acordo com a pesquisa, alguns perfis foram mais impactados pela pandemia. Mulheres e pessoas das classes C, D e E foram as mais afetadas pela crise não só nas questões financeiras, mas nas emocionais, também, principalmente diante do nome negativado. O desemprego e o endividamento trouxeram impactos no comportamento, como insônia e dificuldades para dormir (73%) e falta de concentração na execução de tarefas diárias (69%).

“Fica nítido que, ao comparar os gêneros, as mulheres sofreram impactos mais negativos na vida financeira. Consequentemente, sentiram mais impactos no seu emocional. Da mesma forma, o estudo evidencia que as classes classificadas pelo IBGE como C, D e E sofreram mais, até mesmo por terem menos posses e acesso restrito a alternativas de crédito para enfrentar esse período”, explica a especialista em pesquisa e comportamento do consumidor da Serasa, Jéssica Vicente.

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