Economia

Serasa: 77% dos endividados optaram por parcelamento em janeiro

Mais de 471 mil dívidas foram parceladas no primeiro mês de 2022

Por Da Redação
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Serasa: 77% dos endividados optaram por parcelamento em janeiro

Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil

Segundo dados da Serasa, das 612 mil de dívidas negociadas na plataforma durante o mês de janeiro, mais de 471 mil foram parceladas, o equivalente à 77% do total. 

O parcelamento das despesas atrai os consumidores que não tem condições de quitar a dívida integralmente, já que na primeira parcela, a retomada do acesso ao crédito é liberada.

“Informação desconhecida pela maioria dos inadimplentes, o pagamento da primeira parcela já permite ao consumidor limpar o nome e começar o ano no azul”, explicou Aline Maciel, gerente da Serasa.

A plataforma da empresa, responsável por fazer a ponte entre instituições parceiras, como empresas de telefonia, varejo e bancos, também permite que o consumidor renegocie seus débitos on-line. No entanto, a empresa alerta que, mesmo que o parcelamento das dívidas ofereça uma alternativa para o consumidor limpar o nome, é preciso se atentar aos pagamentos. 

“Ainda que no pagamento da primeira parcela o nome do consumidor saia da lista de negativados, é fundamental ter a consciência de que todas as parcelas cabem no seu bolso para que não volte a ficar inadimplente, o que pode dificultar ainda mais a sua vida financeira”, ressaltou Maciel.

Rosi Ferruzzi, planejadora financeira CFP pela Associação Brasileira de Planejamento Financeiro (Planejar), afirma que o parcelamento precisa caber no orçamento do endividado, de forma que não comprometa mais de 30% da renda líquida mensal da pessoa ou família.

Além disso, a fatia precisa incluir as outras dívidas que o consumidor tiver, incluindo a fatura do cartão de crédito. “Se ficar superior a esses 30%, a pessoa vai comprometer suas próprias necessidades básicas. É preciso entender que existem outras despesas necessárias, despesas fixas que deverão ser pagas no mês juntamente a parcela dessa dívida que foi parcelada”, explica Ferruzzi.

Os Dados do Mapa da Inadimplência 2021, produzido pela Serasa, apontaram que endividamento afeta mais de 63 milhões de consumidores no Brasil. Dentre as razões, está a falta educação financeira.

Para não voltar à inadimplência durante o parcelamento das dívidas, o consumidor precisa organizar e planejar as contas do dia a dia. “O parcelamento dá um respiro, facilita que as pessoas paguem e quitem as dívidas. A questão é que você acaba resolvendo um problema, mas não a raiz, que é a falta de educação financeira”, diz Ferruzzi.

A planejadora também orienta que a organização das finanças precisam acontecer em paralelo ao parcelamento, a fim de impedir a inadimplência. O planejamento pode reduzir gastos desnecessários, além de poupar recursos e permitir que as famílias planejem investimentos futuros após a estabilidade das contas.

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