Série A: seis jogos são investigados por esquema de fraude
Operação cumpriu três mandados de prisão preventiva e 20 mandados de busca e apreensão por esquema que envolve jogos do Brasileirão
Foto: Fernando Torres/CBF
O Ministério Público do Estado de Goiás, por meio da Operação Penalidade Máxima II, revelou, nesta terça-feira (18), que ao menos seis jogos da Série A do Brasileirão de 2022 são investigados por suspeita de esquema para alterar o resultado das partidas.
As seis partidas da Série A, do ano passado, que envolvem suspeitas de manipulação são:
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Santos x Avaí (5/11) - jogador do Santos foi assediado para tomar um cartão amarelo;
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Red Bull Bragantino x América Mineiro (5/11) - atleta do Bragantino foi abordado para tomar um cartão amarelo;
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Goiás x Juventude (5/11) - dois jogadores do Juventude foram assediados para tomar cartões amarelos;
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Cuiabá x Palmeiras (5/11) - jogador do Cuiabá foi assediado para tomar cartão amarelo;
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Santos x Botafogo (10/11) - atleta do Santos foi assediado para tomar cartão vermelho;
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Juventude x Palmeiras (10/9) - jogador do Juventude foi assediado para tomar cartão amarelo.
Jogos campeonatos estaduais de 2023 também estão no escopo da Operação Penalidade Máxima II, deflagrada nesta terça-feira (18)::
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Campeonato Goiano: Goiás x Goiânia (12/2) - derrota do Goiânia no primeiro tempo;
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Campeonato Gaúcho: Caxias x São Luiz de Ijuí (12/2) - jogador do São Luiz cometer pênalti; Bento Gonçalves x Novo Hamburgo (11/2) - jogador receber cartão amarelo;
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Campeonato matogrossense: Luverdense x Operário de Várzea Grande (11/2) - manipulação de escanteios;
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Campeonato Paulista Guarani x Portuguesa (8/2) - cartão amarelo.
A investigação apurou que eram oferecidos valores entre R$ 70 mil e R$ 100 mil aos atletas para que eles cometessem determinados eventos nos jogos. Segundo o MP de Goiás, os atletas envolvidos no esquema criminoso recebiam por pênaltis cometidos, escanteios e cartões amarelos e vermelhos nas partidas. Os nomes dos suspeitos não foram revelados por causa da Lei de Abuso de Autoridades.
Mandados e prisões cumpridos em seis estados
Foram cumpridos 20 mandados de busca e apreensão, sendo um em Goiás (um jogador de futebol em Goianira), três no Rio Grande do Sul, três em Santa Catarina, um no Rio de Janeiro, dois em Pernambuco e 10 em São Paulo.
Também foram cumpridos três mandados de prisão em São Paulo (nenhum contra jogador). Nos locais das prisões foram encontradas e apreendidas duas armas de fogo e granadas de efeito moral. Os suspeitos terão de explicar como conseguiram e como acessaram o material, por serem de uso restrito.
Os investigados, caso sejam denunciados e as denúncias aceitas pela Justiça, irão responder pelos crimes de organização criminosa, corrupção (de acordo com o Estatuto do Torcedor) e ainda lavagem de dinheiro. Os clubes, as federações, a maioria dos jogadores e até mesmo as casas de apostas são vítimas desses esquemas.
Novos investigados surgiram na segunda fase da operação
A primeira fase da Operação Penalidade Máxima, realizada em fevereiro deste ano, ofereceu denúncia contra 14 pessoas, entre jogadores corrompidos e apostadores, por aliciamentos e intermediação de fraudes nos resultados de jogos. Nesta segunda fase há pessoas que já foram alvo das investigações naquele momento, mas também novos atores envolvidos.