Setor de serviços tem crescimento de 2,6% no mês de julho
Mesmo com melhora, recuperação da pandemia segue lenta

Foto: Reprodução/Money Report
O volume de serviços prestados no Brasil cresceu 2,6% em julho, na comparação com junho, engatando a segundo alta mensal seguida, segundo divulgou nesta sexta-feira (11) o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O setor tem apresentado uma recuperação mais lenta do que a observada no comércio e na indústria, especialmente nas atividades que envolvem atendimento presencial.
Além de ainda não ter retomado o nível pré-pandemia, o volume de serviços está 22,2% abaixo do pico da série histórica da pesquisa, registrado em novembro de 2014 e apesar de acumular ganhos de 7,9% em dois meses, o setor ainda não conseguiu eliminar as perdas registradas entre os meses de fevereiro e maio, e segue 12,5% abaixo do patamar.
"O avanço de 2,6% não foi suficiente para eliminar as perdas observadas entre fevereiro e maio. Vale destacar que o efeito da pandemia propriamente dito ocorreu entre março e maio. O resultado negativo de fevereiro ainda não era decorrente das medidas de isolamento social e sim uma acomodação do setor de serviços frente ao avanço do final de 2019”, destacou Rodrigo Lobo, gerente da pesquisa.
No acumulado anual, o setor ainda teve uma queda de 8,9% frente ao mesmo período de 2019. Em 12 meses, a perda é de -4,5%, sendo o resultado negativo mais intenso desde julho de 2017 (-4,6%). A receita nominal do setor cresceu 1,4% em julho, na comparação com junho, mesmo com a queda de 12,8% na comparação anual. No acumulado no ano e em 12 meses, a perda é de 7,9% e de 2,6%, respectivamente.