Silvinei diz que blitze da PRF eram para coibir compra de votos, e não para impedir lulistas de votar
Ex-diretor da PF prestou depoimento à PF nesta quinta-feira (10)
Foto: Alan Santos/PR
O ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques negou, nesta quinta-feira (10), que as blitze realizadas no dia do segundo turno das eleições de 2022 tinham o objetivo de impedir os eleitores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de votar. Em depoimento à Polícia Federal (PF), ele afirmou que as ações foram realizadas para impedir a compra de votos.
Silvinei foi preso nesta quarta-feira (9) durante operação da PF por suspeita de ter mobilizado a estrutura da PRF para atrapalhar que eleitores de Lula chegassem aos locais de votação. As blitze se concentraram no Norte e Nordeste, regiões onde o petista tinha mais votos.
Na véspera das eleições, o ex-diretor-geral da PRF havia declarado voto em Bolsonaro. Vasques é réu por improbidade administrativa nesse episódio.
A versão de que as blitze não tinham viés eleitoral já havia sido dada por Silvinei em depoimento à CPI dos Atos Golpistas, no Congresso, antes de ele ter sido preso.
Em meio ao depoimento à PF nesta quinta, Silvinei teve uma queda de pressão e passou mal. Ele foi atendido e, após se recuperar, voltou a prestar informações aos investigadores.