Sindicato dos professores do DF estima 1,5 mil profissionais demitidos de escolas privadas
Fim do pagamento do auxilio emergencial dificulta manutenção de corpo docente das instituições
Foto: Reprodução/Minha Biblioteca
Com o fim do pagamento das parcelas do Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda oferecido pelo Governo Federal para evitar demissões na pandemia do coronavírus, cerca de 1,5 mil professores particulares correm o risco de ficar desempregados no Distrito Federal.
Segundo o diretor do Sindicato dos Professores em Estabelecimentos Particulares de Ensino do Distrito Federal (Sinproep-DF), Rodrigo de Paula, muitas unidades instaladas na capital do país não terão condições de manter seu corpo docente intacto.
No entendimento de Rodrigo, sem a prorrogação do benefício, há risco de demissões. “Mais de 30 escolas no DF sequer pagaram o 13º neste fim de ano. Não vão ter dinheiro para salário e nem para rescisões. Será um início de ano com muitas dificuldades, principalmente para as pequenas”, afirmou.
Já para a presidente do Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino do Distrito Federal (Sinepe-DF), Ana Elisa Dumont, o universo do ensino privado é heterogêneo e há risco, sim, de demissões. “A crise tem afetado as escolas menores, falo da educação e do ensino fundamental nos anos iniciais. Pode ser que não consigam honrar com essa estabilidade”, conta.
De acordo com levantamento da Caixa, em todo Brasil, o benefício do auxílio emergencial preservou os empregos de 4,7 milhões de trabalhadores. Os pagamentos totalizaram R$ 15,7 bilhões. Segundo o Ministério da Economia, não há previsão de prorrogação do beneficio.