• Home/
  • Notícias/
  • Michel Telles/
  • Síndrome do Ovário Policístico: alimentação adequada e suplementação são pontos importantes no tratamento 
Michel Telles

Síndrome do Ovário Policístico: alimentação adequada e suplementação são pontos importantes no tratamento 

Nutricionista esportiva, Laryssa Nascimento afirma que probióticos podem melhorar os marcadores bioquímicos da doença 

Por Michel Telles
Ás

Síndrome do Ovário Policístico: alimentação adequada e suplementação são pontos importantes no tratamento 

Foto: Divulgação

Atrasos na menstruação, aumento de pelos no rosto, seios e abdômen e problemas com ovulação são sintomas que podem indicar a presença de Síndrome do Ovário Policístico (SOP), um distúrbio que altera os níveis hormonais, levando à formação de cistos nos ovários e podendo, inclusive, avançar para o desenvolvimento de diabetes e infertilidade, por exemplo. Segundo a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia Regional de São Paulo, a doença atinge entre 8% e 13% das mulheres em idade reprodutiva, entre 15 e 44 anos. 

Estar acima do peso, ter hiperglicemia, hipertensão e taxa de colesterol elevada são condições de risco para mulheres que têm SOP. Assim, além do acompanhamento ginecológico, hábitos saudáveis, como alimentação adequada, suplementação e prática de exercícios físicos, estão entre as medidas terapêuticas. 

Suplementação e melhora dos sintomas 

De acordo com a nutricionista Laryssa Nascimento, alimentação adequada e suplementação são pontos importantes no tratamento da SOP. Ela afirma que já existem evidências de que múltiplas cepas de probióticos podem melhorar os marcadores bioquímicos da SOP (medidas através dos exames HOMA IR, SHBG e Insulina Basal). 

Ela ainda informa que o uso de betaglucana de leveduras estimulam células de defesa ILC3, defensivas e peptídeo antimicrobiano, corrigindo assim a microbiota intestinal, além de regular a expressão de GLP-1 e PYY (hormônios intestinais), melhorando a sensibilidade à insulina e reduzindo a sensação de fome.  

Para diminuir o processo inflamatório que leva a resistência à insulina, o uso de cúrcuma e ômega 3 é indicado, podendo ser utilizados como alternativa aos tratamentos convencionais. Todas essas substâncias podem ser manipuladas na Singular Pharma, que trabalha com produtos para tratamentos nas áreas de metabolismo, nutrição, beleza, bem-estar e saúde mental. 

Alimentação x SOP 

De acordo com Laryssa Nascimento, uma dieta rica em açúcar, gordura saturada e alimentos processados e pobre em fibras causa alteração na composição da microbiota intestinal, podendo promover uma cascata inflamatória e provocar resistência à insulina - o que, consequentemente, aumentaria os níveis de açúcar no sangue. Essa resistência corrobora as reações para o desenvolvimento da Síndrome do Ovário Policístico. Para evitar este processo, a profissional explica que é necessário se alimentar com comida de verdade para promover o crescimento de bactérias boas e a produção de ácido graxos de cadeia curta SCFA, principalmente o butirato, que estimula o GLP-1 e o PYY. 

Além disso, ela explica que a Síndrome de Ovários Policísticos, normalmente, se associa a um tipo especial de gordura, a visceral, que se acumula na região do abdômen.  De acordo com ela, “atualmente, não se sabe se a obesidade é consequência da SOP ou mais uma de suas manifestações clínicas, mas a hiperinsulinemia (aumento do açúcar no sangue) e o hiperandrogenismo (aumento hormônios masculinos, como a testosterona) podem explicar uma maior tendência para formar mais tecido adiposo”. 

Ela sinaliza que reduzir o consumo de carboidratos de alto índice glicêmico (a exemplo de pão, bolo, biscoito, refrigerantes, sucos industrializados e doces) e alimentos com alto teor energético e inflamatórios (como óleo vegetal, margarina, frituras e leite) favorece a redução ou controle do peso, além de diminuir inflamações e melhorar a sensibilidade à insulina. “É necessário descascar mais e desembrulhar menos! Mais alimentos para nutrir as bactérias boas e menos alimentos para nutrir as bactérias ruins”, orienta Laryssa Nascimento. 

 

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie:[email protected]

Faça seu comentário