Sinposba protesta contra projeto que visa implantar o autosserviço nas bombas de combustíveis
Segundo sindicato, projeto pretende acabar com a profissão de frentista, e prejudica milhares de trabalhadores no Brasil
Foto: Marcelo Casal Jr/ Agência Brasil
O Sindicato dos Trabalhadores em Postos de Combustíveis da Bahia (Sinposba) manifestou-se contra o projeto apresentado no Congresso Nacional, que visa implantar o autosserviço nas bombas de combustíveis. O presidente do Sinposba, Antônio José dos Santos, declarou que o projeto pretende acabar com a profissão de frentista, e prejudica milhares de trabalhadores no Brasil.
“Esses projetos prejudicam milhares de empregos em todo o Brasil, pois pretendem acabar com a profissão de frentistas. Reagimos ao primeiro projeto e vamos continuar unidos com os sindicatos de trabalhadores em postos de combustíveis de todo o país, liderados pela Fenepospetro, para barrar mais um ataque à nossa profissão,” afirmou.
O Projeto de Lei 5.243/2023, do senador Jaime Bagattoli (PL-RO), propõe que os postos de combustíveis possam ter até 50% de bombas de autosserviço. Dessa forma, os consumidores poderiam optar por abastecer com o frentista ou por conta própria. O projeto tramita na Comissão de Transparência, Governança, Fiscalização e Controle e Defesa do Consumidor (CTFC).
Para o Sinposba, é necessário que os frentistas estejam unidos para defender os seus empregos. O sindicato também apontou que o Brasil possui uma legislação específica que visa assegurar o emprego dos frentistas. A Lei 9.956/2000 proíbe bombas de autosserviço em postos de combustíveis de todo país.
De acordo com o presidente da Federação Nacional dos Frentistas (FENEPOSPETRO), Eusébio Pinto Neto, "os funcionários de postos de combustíveis são alvos constantes de ataques desses abutres, que, a serviço das grandes companhias do petróleo, insistem em acabar com a profissão de frentista.”