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Sobe para 67% o número de brasileiros contra a descriminalização da maconha

Em setembro do ano passado, eles somavam 61%

Por Da Redação
Ás

Sobe para 67% o número de brasileiros contra a descriminalização da maconha

Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil

A pesquisa recente pelo Datafolha revelou um aumento na oposição à descriminalização do porte de maconha para uso pessoal entre os brasileiros. Em setembro do ano passado, 61% dos entrevistados se posicionaram contra essa medida, enquanto agora esse número subiu para 67%.

No levantamento atual, 31% dos participantes apoiaram a descriminalização, uma diminuição em relação aos 36% registrados na pesquisa anterior. A porcentagem de pessoas que não souberam ou preferiram não responder à questão diminuiu de 3% para 2%.

A pesquisa foi conduzida com 2.002 pessoas maiores de 16 anos, entre os dias 19 e 20 de março, em 147 municípios de todo o Brasil, com uma margem de erro de dois pontos percentuais para cima ou para baixo.

Os entrevistados foram questionados sobre a seguinte pergunta: "O Supremo Tribunal Federal (STF) está julgando um caso que pode descriminalizar, ou seja, deixar de tratar como crime, a posse de pequenas quantidades de maconha. Na sua opinião, portar uma pequena quantidade de maconha deveria deixar de ser crime ou não?"

A pesquisa também destacou um aumento significativo na oposição à descriminalização entre os jovens de 16 a 24 anos, onde o grupo contrário à medida passou de 46% para 55%. A oposição também cresceu nas faixas etárias subsequentes, atingindo 65% entre os entrevistados de 25 a 34 anos e 72% entre aqueles com 60 anos ou mais.

Em relação à cor, mesmo entre aqueles que se identificaram como pardos, considerados mais liberais, 64% se posicionaram contra a descriminalização. A oposição foi ainda maior entre os pretos, com 72% contrários à liberação.

Entre as pessoas mais escolarizadas, 68% se opuseram à descriminalização, um aumento significativo em relação à pesquisa anterior. O mesmo ocorreu entre aqueles com renda familiar mensal entre 2 e 5 salários mínimos, onde a oposição subiu para 71%.

Os resultados também refletiram divisões políticas, com 76% dos entrevistados identificados como bolsonaristas sendo contra a descriminalização, enquanto 22% se mostraram a favor. Entre os petistas, 59% foram contra e 39% a favor. Aqueles que se consideraram neutros em relação aos dois grupos políticos também se posicionaram majoritariamente contra a medida, com 69% de oposição.

O julgamento da questão no STF, iniciado em 2015, está atualmente com um placar de 5 votos a favor e 3 contrários à descriminalização. A discussão foi suspensa no início de março com um pedido de vista do processo pelo ministro Dias Toffoli. Além dele, Luiz Fux e Cármen Lúcia ainda não votaram sobre o tema.

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