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Sobe para 839 número de casos de febre Oropouche na Bahia; primeiras mortes no mundo foram confirmadas no estado

Ilhéus é a cidade baiana com mais diagnósticos da doença

Por Da Redação
Ás

Atualizado
Sobe para 839 número de casos de febre Oropouche na Bahia; primeiras mortes no mundo foram confirmadas no estado

Foto: Flávio Carvalho/Fiocruz

Subiu para 839 o número de casos confirmados da Febre Oropouche na Bahia. Os dados foram atualizados nesta segunda-feira (29), em levantamento divulgado pelo Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen). 

A doença foi mapeada em 58 municípios do estado, com Ilhéus liderando a lista após 112 diagnósticos positivos. Logo em seguida, estão Gandu, com 82, e Uruçuca, com 68. Todos eles ficam no sul da Bahia.

O primeiro caso da doença em Salvador foi registrado no dia 10 de abril. O estado registrou duas mortes por febre do oropouche. As vítimas eram mulheres com menos de 30 anos e sem comorbidades, e morreram em maio e junho deste ano. De acordo com a Sesab, os dois óbitos primeira morte por Febre do Oropouche no estado ocorreram na região do baixo sul.

As mortes foram as primeiras no mundo pela doença, segundo o Ministério da Saúde. A informação foi confirmada na última quinta-feira (25). Conforme o órgão, "até o momento, não havia relato na literatura científica mundial sobre a ocorrência de óbito pela doença".

Mutação do vírus

Segundo pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e do Laboratório Hermes Pardini/Grupo Fleury, o vírus responsável pelas mortes no estado sofreu um rearranjo genético - mudanças genéticas no genoma maiores do que simples mutações - e obteve sequências de outros dois tipos de vírus amazônicos. 

Essa nova linhagem provavelmente surgiu no estado entre 2010 e 2014 e se dispersou silenciosamente durante a segunda metade da década de 2010. O artigo, em versão inicial para publicação, foi assinado por pesquisadores da Fiocruz (Instituto Oswaldo Cruz) e dos laboratórios centrais de saúde pública de Roraima, Amazonas, Rondônia, Acre, Paraná, dentre outros institutos.

De acordo com a pesquisa, a propagação do vírus foi impulsionada principalmente por movimentos de curto alcance, consistente com o padrão de um voo dos mosquitos infectados, mas também por migrações de longo alcance (maior que 10 km), consistente com a dispersão viral por atividades humanas.

Sintomas da doença

A doença é transmitida principalmente pelo mosquito conhecido como "maruim" ou "mosquito-pólvora", tem sintomas parecidos com o da dengue, como dor de cabeça, dor muscular, dor nas articulações, náusea, e diarreia.

Parte dos pacientes pode apresentar recorrência dos sintomas ou apenas febre, dor de cabeça e dor muscular após uma a duas semanas do início das manifestações iniciais. Os sintomas duram de dois a sete dias, em média. Na maioria dos pacientes, a evolução da febre do oropouche é benigna e sem sequelas.

Com o avanço dos casos da febre oropouche e o anúncio de que os anticorpos do vírus foram encontrados em quatro bebês que nasceram com microcefalia e em um feto natimorto, o Ministério da Saúde e especialistas da área estão reforçando a necessidade de que todos os casos dessas malformações no país sejam notificados e investigados.

Por meio de nota, a diretora da Vigilância Epidemiológica da Bahia, Márcia São Pedro, disse que o poder público está em alerta desde o primeiro caso confirmado. Ela destaca a importância das pessoas usarem roupas compridas e fazerem uso de repelentes.

“Ressaltamos também que não se deve deixar lixo e folhas acumulados, pois a existência destes materiais facilita a reprodução do vetor”, afirma.

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