Soberana e única: Poeta Adélia Prado irá receber o Prêmio Camões, o mais importante da língua portuguesa e dos países lusófonos!
Aos detalhes...
Foto: Grupo Editorial Record/Divulgação
A poeta Adélia Prado irá receber o Prêmio Camões, o mais importante da língua portuguesa e dos países lusófonos. Na semana passada, a brasileira de 88 anos, recebeu a notificação que será agraciada com o Prêmio Machado de Assis, da Academia Brasileira de Letras. Adélia, que vive em Divinópolis (MG), compartilhou com seus contatos, por e-mail, um poema de sua autoria ao qual recorreu para externar sua alegria e gratidão pelas indicações, como ela própria disse na mensagem: “Foi com muita alegria e emoção que recebi, hoje (ontem), dia 26 de junho, um telefonema da sra. Dalila Rodrigues, ministra da Cultura de Portugal, me informando que fui agraciada com o Prêmio Camões. Estava ainda comemorando o recebimento do Prêmio Machado de Assis, da ABL, e agora estou duplamente em festa. Quero dividir minha alegria com todos os amantes da língua portuguesa, esta fonte poderosa de criação. Na tentativa de expressar meu mais profundo sentimento de gratidão, peço a um de meus poemas que me socorra”.
Adélia tem 88 anos e vive em Divinópolis. Ela foi professora durante 24 anos até se dedicar por completo à carreira de escritora.
Ela foi a primeira mulher premiada na categoria Conjunto da Obra, pela contribuição à literatura brasileira, no concurso Literatura do Governo de Minas, em 2017.
Adélia já foi indicada para a Academia Brasileira de Letras. Em 2001, um grupo de atores e jornalistas do Rio de Janeiro formaram um movimento para lançar o nome dela para ser uma das imortais na vaga deixada por Jorge Amado. Mas na ocasião, a viúva do escritor baiano, Zélia Gattai, acabou sendo eleita.
Clássicos de Adélia Prado
Em 1976, publicou “Bagagem”. Já em 1978 foi a vez de “O coração disparado”, agraciado com o Prêmio Jabuti. Sua estreia em prosa se deu no ano seguinte, com o livro “Solte os cachorros”. Em seguida, publicou “Cacos para um Vitral”.
Em 1981, lançou “Terra de Santa Cruz” e, em 1984, “Os componentes da banda”. Em 1991, foi publicada sua “Poesia reunida”.
Em 1994, após anos de silêncio poético, ressurgiu com o livro “O homem da mão seca”. Em 1999, foram lançados “Manuscritos de Felipa”, “Oráculos de maio” e sua “Prosa reunida”.